
Em Brasília, ele fez sua estreia em meio à disputa pelas presidências do Congresso. Agora, o boné azul com a frase “O Brasil é dos brasileiros” virou tendência, disponível para compra em lojas virtuais ao preço de R$ 79,90. O adereço, utilizado por ministros e aliados do governo Lula no dia 1º de fevereiro, rapidamente ganhou destaque nas redes sociais e promete ser o novo símbolo de identificação política da base governista.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou que a ideia teve o aval da comunicação oficial do governo, comandada por Sidônio Palmeira, atual chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência). “O boné representa um governo que quer dialogar diretamente com a população”, declarou Padilha.
De acessório oficial a ícone pop O boné azul foi visto pela primeira vez no dia 1º de fevereiro, quando ministros como Randolfe Rodrigues (PT-AP) e outros integrantes da base aliada apareceram com ele durante as movimentações no Congresso. As imagens rodaram a internet, e, rapidamente, a peça foi adotada como um símbolo de apoio ao governo Lula.
A popularidade levou uma loja online a começar a vender réplicas. Agora, qualquer pessoa pode adquirir o boné por R$ 79,90. O site destaca imagens de políticos usando a peça e aposta na ideia de que o acessório é mais do que um item de moda, mas uma declaração de apoio político.
“Não é apenas um boné. É uma forma de dizer que você acredita no projeto do governo e no conceito de um Brasil para todos”, explicou o consultor de comunicação André Campos.
Uma estratégia de comunicação alinhada aos tempos modernos Para Sidônio Palmeira, chefe da Secom, o sucesso do boné não é surpresa. A comunicação do governo Lula sempre apostou no poder dos símbolos visuais. “O boné azul é um símbolo simples, mas poderoso, que conecta o governo com as pessoas”, afirmou.
Essa abordagem não é novidade na política. Na campanha eleitoral de Lula, adereços e camisetas com frases de impacto também tiveram um papel importante na construção da narrativa de proximidade com a população. Agora, com o governo em andamento, a estratégia visual continua sendo uma ferramenta essencial.
Críticas da oposição e a resposta governista A rápida adesão ao boné azul também gerou reações. Políticos da oposição criticaram a iniciativa, sugerindo que a peça serve mais como propaganda política do que como um símbolo institucional. O governo, no entanto, defende que a comunicação popular faz parte de sua identidade.
“É natural que em uma democracia haja diferentes interpretações sobre o uso de símbolos. Mas para nós, a mensagem é clara: o governo está ao lado do povo”, disse Padilha.
Para onde vai a moda do boné azul? Com o sucesso inicial, a Secom já estuda a criação de novos produtos que possam carregar mensagens semelhantes. A ideia é que o boné seja apenas o primeiro de uma linha de itens que aproximem ainda mais o governo da população.
Enquanto isso, a demanda pelo boné azul continua alta. “Os pedidos estão aumentando, e nosso estoque inicial pode se esgotar rapidamente”, informou a loja virtual responsável pela venda.
Para quem quiser garantir o seu, fica o aviso: o boné azul, que já virou símbolo de um novo momento político, pode ser o item mais disputado do momento.
