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Depois de mais de um ano sem contato oficial, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, voltaram a conversar nesta terça-feira (11). A reaproximação ocorreu por telefone, logo após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes liberar a retomada do contato entre os dois.

A conversa, descrita como amistosa, marca um novo capítulo na relação entre Bolsonaro e o chefe do PL, interrompida desde fevereiro de 2024, quando Valdemar foi alvo da operação Tempus Veritatis. Na época, ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma e teve bens apreendidos, incluindo celulares, relógios de luxo e seu passaporte.
A expectativa agora é que Bolsonaro e Valdemar se encontrem presencialmente nesta quarta-feira (12), na sede do PL em Brasília. O ex-presidente, que está em São Paulo, retorna à capital federal pela manhã.
A reaproximação e os bastidores políticos - A liberação do contato veio após Valdemar se reunir com Alexandre de Moraes nesta terça-feira, em Brasília. O encontro durou cerca de 20 minutos e resultou na revogação das medidas cautelares contra o presidente do PL. Isso inclui a devolução do passaporte e dos bens apreendidos durante a investigação da Polícia Federal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado.
Embora tenha sido investigado e indiciado pela PF, Valdemar não foi incluído na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e aliados. Esse detalhe foi crucial para a retomada do diálogo com o ex-presidente, já que não há mais restrições judiciais que impeçam o contato entre os dois.
A reconexão ocorre em um momento estratégico para o PL, que se prepara para as eleições municipais de 2024 e busca definir os rumos do partido nos próximos anos. Apesar das investigações que ainda cercam Bolsonaro, a legenda tenta manter a coesão e reforçar sua posição como a principal força política da direita no país.
O reencontro entre Bolsonaro e Valdemar deve influenciar os próximos passos do PL, tanto na articulação eleitoral quanto na estratégia de defesa do ex-presidente perante a Justiça.
Agora, resta saber se essa reaproximação será suficiente para reorganizar o partido e fortalecer sua posição no cenário político nacional.
