
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (5) que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, "não pediu" para ele postar um dos vídeos que foram citados na decisão que resultou na prisão domiciliar do ex-chefe do Executivo. Em entrevista coletiva convocada pela oposição após a medida cautelar, o senador esclareceu que não tinha intenção de burlar a decisão judicial e que a postagem foi uma ação pessoal. "Não tinha intenção de burlar cautelar", afirmou Flávio, ressaltando que a decisão de publicar o vídeo foi dele e que não havia como "obrigar" Bolsonaro a controlar as redes sociais de terceiros.

O vídeo em questão mostrava Jair Bolsonaro se referindo aos manifestantes que se reuniram em Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo, 3 de agosto, em apoio a ele. O conteúdo foi rapidamente apagado após a intervenção dos advogados do ex-presidente. "Quem fez fui eu", reiterou Flávio, explicando que foi procurado pelos advogados de Bolsonaro, que sugeriram a exclusão do vídeo. "Disseram que estavam na dúvida", contou o parlamentar, reforçando que a medida foi tomada com base na orientação legal.
De acordo com Flávio Bolsonaro, os advogados do ex-presidente questionaram se seria prudente apagar o vídeo, considerando as implicações da publicação para o cumprimento das medidas cautelares impostas ao ex-presidente. Após o aconselhamento, o conteúdo foi excluído.
Além disso, o senador indicou que os advogados de Bolsonaro estão tomando providências para que o ex-presidente receba acompanhamento médico durante o período de prisão domiciliar. "Os advogados vão pedir para que médicos visitem o ex-presidente", revelou Flávio, mostrando que a preocupação com a saúde de Bolsonaro permanece central nas discussões sobre a prisão domiciliar.
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi decretada após o Supremo Tribunal Federal (STF) identificar possíveis descumprimentos das medidas cautelares impostas ao ex-presidente. A decisão mencionou, entre outros pontos, o uso das redes sociais por Bolsonaro e o vídeo postado por Flávio, que fez referência a manifestantes e levantou questionamentos sobre a manutenção de comportamentos que poderiam ser interpretados como ações contrárias às imposições judiciais.
Com o foco no cumprimento das medidas e a atuação dos advogados, a oposição ao governo segue com a pressão política, defendendo a revisão de algumas dessas decisões.
