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Um vídeo de 2017 voltou a circular nas redes sociais nesta semana, revelando Jair Bolsonaro defendendo o foro privilegiado, mecanismo que seus aliados hoje querem derrubar no Congresso. A gravação ressurgiu no momento em que parlamentares bolsonaristas ocuparam as Mesas Diretoras da Câmara e do Senado para pressionar pela votação de uma PEC que extingue o benefício.

Na entrevista concedida à Veja, quando era deputado federal, Bolsonaro classificou o fim do foro especial como “um engodo” e alegou que, sem ele, processos contra parlamentares poderiam levar até 30 anos para chegar ao mesmo ponto de decisão no Supremo Tribunal Federal (STF).
O foro privilegiado garante que autoridades como presidentes, ministros e congressistas sejam julgadas por tribunais superiores por crimes ligados ao mandato.
Hoje, os bolsonaristas defendem o oposto. Eles afirmam que um julgamento em primeira instância poderia dar mais tempo ou condições favoráveis a Bolsonaro, investigado em casos como a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Além dessa PEC, negociam a chamada PEC da Blindagem, que dificulta prisões de parlamentares, e um projeto de lei que obriga julgamentos presenciais no STF contra deputados.
Em outro vídeo de 2017, ao lado do filho Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente chamava o foro de “porcaria” e dizia não querer usufruir do benefício. À época, respondia por incitação ao crime, após declarar que não estupraria a deputada Maria do Rosário (PT-RS) “porque ela não merece”.
Após deixar a Presidência, em 2023, o ministro Dias Toffoli enviou os processos contra Bolsonaro para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal, já que ele perdeu a imunidade temporária do cargo.
