O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta hospitalar no início da tarde desta quarta-feira (17), após ter sido internado por mal-estar no Hospital DF Star, em Brasília. Ele deu entrada na unidade na terça-feira (16), com sintomas de vômitos, tontura, queda de pressão arterial e pré-síncope. Após menos de 24 horas de observação, retorna agora ao regime de prisão domiciliar.
O boletim médico divulgado pela unidade hospitalar informou que o ex-presidente apresentou melhora após receber hidratação e medicamentos por via endovenosa. “Apresentou melhora dos sintomas e da função renal após hidratação e tratamento medicamentoso”, detalha o documento.
Lesões de pele indicam câncer in situ
Além do quadro clínico, o hospital também revelou o resultado da biópsia de lesões cutâneas retiradas no domingo anterior. Segundo o laudo, duas das oito lesões removidas apresentaram carcinoma de células escamosas “in situ”, tipo de câncer de pele em estágio inicial, que requer acompanhamento clínico periódico.
Apesar da alta, Bolsonaro continuará sendo monitorado por sua equipe médica, incluindo o cirurgião Cláudio Birolini, do Hospital das Clínicas da USP, que viajou a Brasília para acompanhá-lo pessoalmente.
Reações e contexto político
Durante a internação, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) visitou o pai e sugeriu que o mal-estar foi causado pelo impacto emocional da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado.
Em tom de crítica, Flávio se referiu ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, como "terrorista" e pediu “uma trégua” ao magistrado, que também é alvo frequente de ataques do bolsonarismo.
Na terça-feira, ainda durante o período de internação, os médicos recomendaram que Bolsonaro evitasse a ingestão de alimentos sólidos. Apesar do susto, ele foi liberado nesta quarta-feira, mas seguirá sob cuidados domiciliares.
