
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta médica na tarde deste domingo (14), após passar por uma série de exames e procedimentos no hospital DF Star, em Brasília. Embora tenha sido internado inicialmente para a retirada de lesões na pele, o boletim médico revelou um quadro mais complexo, incluindo anemia por deficiência de ferro e resíduos pulmonares de uma pneumonia por broncoaspiração.

De acordo com o médico Claudio Birolini, responsável pelos cuidados clínicos de Bolsonaro, o ex-presidente está “bastante fragilizado”. “Ele é um senhor de 70 anos, que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Está fragilizado por toda essa situação”, declarou à imprensa.
Exames, tratamento e alimentação limitada
Segundo o boletim, Bolsonaro recebeu reposição intravenosa de ferro devido à anemia detectada em exames laboratoriais. Também foi submetido a tomografia de tórax, que apontou vestígios de pneumonia recente.
Birolini ainda relatou que o ex-presidente mantém quadro persistente de soluços e tem se alimentado abaixo do ideal. “Seguiremos acompanhando Bolsonaro de perto, tanto do ponto de vista pós-operatório quanto pelas questões intestinais e pulmonares”, completou o médico.
Oito lesões removidas para análise
Durante a manhã, Bolsonaro passou por procedimento dermatológico para remoção de oito lesões, localizadas no tronco e no braço direito. As amostras foram enviadas para análise anatomopatológica, com resultado previsto para os próximos dias.
Alta após escolta e manifestações
Bolsonaro chegou ao hospital por volta das 8h da manhã, acompanhado pelos filhos Carlos e Renan Bolsonaro, sob escolta da Polícia Penal do Distrito Federal. O deslocamento foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou que o ex-presidente apresente atestado médico detalhado em até 48 horas.
Do lado de fora do hospital, apoiadores se reuniram e entoaram gritos como “mito” e “volta presidente”, enquanto Bolsonaro, sem falar com a imprensa, deixava a unidade por volta das 14h.
Condenação no STF
Na quinta-feira (11), Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por comandar uma tentativa de golpe de Estado. A decisão marcou o primeiro desdobramento penal de grande impacto contra o ex-presidente, que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto.
