Grupo Feitosa de Comunicação
(67) 99974-5440
(67) 3317-7890
26 de setembro de 2025 - 18h21
tce
MUNDO

Bielorrússia propõe nova usina nuclear para fornecer energia à Ucrânia ocupada pela Rússia

Lukashenko apresenta plano em reunião com Putin, enquanto oposição denuncia risco à segurança europeia

26 setembro 2025 - 15h35
Bielorrússia propõe segunda usina nuclear para abastecer regiões ucranianas ocupadas; oposição denuncia risco à Europa.
Bielorrússia propõe segunda usina nuclear para abastecer regiões ucranianas ocupadas; oposição denuncia risco à Europa. - REUTERS/Ramil Sitdikov

A Bielorrússia anunciou nesta sexta-feira (26) uma proposta para erguer uma segunda usina nuclear, com o objetivo de fornecer energia às regiões ucranianas sob controle russo — como Kherson, Zaporizhzhia, Luhansk e Donetsk. A iniciativa foi apresentada pelo presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, em encontro com Vladimir Putin no Kremlin, e contou com o aval público do líder russo.

Canal WhatsApp

Segundo Lukashenko, a usina serviria como alternativa energética em território ocupado, complementando a infraestrutura local sob controle da Rússia. A oposição bielorrussa, liderada por Sviatlana Tsikhanouskaya, criticou a proposta com veemência, afirmando que os planos “colocam toda a Europa em risco”. “Lukashenko mais uma vez prova que é cúmplice da agressão russa”, disse Tsikhanouskaya, em mensagem divulgada à imprensa.

A ideia não é inédita na política bielorrussa — o país já inaugurou em novembro de 2020 sua primeira usina nuclear, localizada em Astravets, construída pela estatal russa Rosatom com financiamento de US$ 10 bilhões. A instalação gerou reações fortes em países vizinhos, especialmente na Lituânia, que criticou sua proximidade com Vilnius.

Na reunião desta sexta, Putin não detalhou se a Rússia aportaria capital ou financiamento para a nova usina. A estreia de tal projeto dependeria de acordos diplomáticos, técnicos e financeiros entre Moscou e Minsk, bem como de avaliação de segurança nuclear e riscos geopolíticos.

Lukashenko já é aliado antigo de Putin, e seu regime permitiu que o território da Bielorrússia servisse como base para operações russas desde o início da invasão da Ucrânia, em 2022. Ele também autorizou o posicionamento de mísseis nucleares russos no país em etapas posteriores do conflito.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas