
O deputado Bibo Nunes (PL-RS) foi destituído do cargo de vice-líder do PL na Câmara dos Deputados após votar a favor da suspensão de Glauber Braga (PSOL-RJ), contrariando a orientação da bancada, que havia fechado posição contra o acordo. A decisão foi confirmada pela liderança do partido na noite desta quarta-feira (10).
Bibo defendeu nas redes sociais que não havia votos suficientes para cassar Glauber e, por isso, optou por apoiar o arranjo que transformou a punição em uma suspensão de seis meses. Segundo ele, insistir no voto "não", como determinou o líder do partido, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), resultaria na absolvição total do deputado do PSOL.
"Sou a favor total da cassação, mas não tínhamos votos. O voto 'não' significaria a absolvição completa. Com a suspensão, ao menos ele foi punido", argumentou Bibo em vídeo no Instagram. Ele também afirmou que inicialmente a maioria do PL votaria pela cassação, mas que a orientação foi alterada por Sóstenes.
A articulação pelo acordo foi conduzida pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), que buscou evitar a perda do mandato de Glauber. No fim, o plenário decidiu por 318 votos a favor da suspensão e 141 contra, além de três abstenções.
Glauber Braga foi acusado de agressão a Gabriel Costenaro, então ligado ao MBL, dentro da Câmara, em 2022. O deputado alegou que reagiu após ouvir ofensas envolvendo sua mãe, Saudade Braga, que estava gravemente doente na época e faleceu dias depois do episódio.
Durante o período de afastamento, a vaga de Glauber será ocupada por Heloísa Helena (Rede-RJ), ex-senadora.

