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POLÍTICA

Deputado Beto Pereira vai integrar CPMI que investiga fraudes bilionárias no INSS

Parlamentar representa Mato Grosso do Sul em comissão que apura irregularidades que somam mais de R$ 6 bilhões

7 julho 2025 - 11h10Da Redação
Deputado Beto Pereira participa como titular da CPMI que investiga fraudes no INSS
Deputado Beto Pereira participa como titular da CPMI que investiga fraudes no INSS - (Foto: Divulgação)

Designado como membro titular da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o deputado federal Beto Pereira (PSDB/MS) passa a integrar o grupo de 32 parlamentares responsável por investigar um esquema que, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF), pode ter causado prejuízos de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos entre 2019 e 2024.

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A indicação do nome de Beto foi feita pela liderança nacional do PSDB, legenda que conta com 18 deputados federais e cinco senadores no Congresso Nacional. O grupo da CPMI é composto por 16 deputados e 16 senadores.

Segundo o deputado, a presença na comissão é uma oportunidade de dar voz aos segurados prejudicados, especialmente os de Mato Grosso do Sul. “Estarei lá para ser a voz dos nossos aposentados e pensionistas que foram lesados também em Mato Grosso do Sul”, declarou.

Beto também relembrou que antes mesmo da operação da Polícia Federal, batizada de Sem Desconto, a CGU já havia alertado para o problema. “Tudo isso ocorreu sete meses antes da Polícia Federal abrir a caixa preta das fraudes. Há algo muito sério por trás de tudo isso. Precisamos tornar essas informações acessíveis à população”, afirmou o parlamentar.

Durante a fase de articulação para criação da CPMI, Beto foi um dos primeiros a apoiar o requerimento. Entre os parlamentares do PSDB na Câmara, foi um dos quatro que assinaram o pedido de abertura da comissão. Também figura entre os oito representantes de Mato Grosso do Sul que manifestaram apoio à investigação.

Para ele, a investigação é essencial para dar transparência e garantir que os responsáveis sejam identificados. A CPMI tem a missão de reunir provas e aprofundar as apurações sobre o esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, sem o consentimento dos beneficiários.

Fraudes chegaram a R$ 1,5 bilhão em 2023 - A operação Sem Desconto, que revelou o esquema, foi deflagrada em abril deste ano. A investigação aponta que organizações usaram entidades de fachada para aplicar descontos ilegais nas folhas de pagamento do INSS, prejudicando diretamente aposentados e pensionistas.

Entre 2021 e 2023, o valor das fraudes mais que dobrou: saltou de R$ 544 milhões para R$ 1,5 bilhão. O número de pessoas afetadas também cresceu mais de 150% no período, segundo informações da Polícia Federal.

No total, foram cumpridos 211 mandados judiciais, entre buscas, apreensões e seis prisões temporárias, em 13 estados e no Distrito Federal.

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