
Durante o XVII Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), realizado nesta segunda-feira (6), o ministro Luis Roberto Barroso fez uma declaração que repercutiu no meio jurídico: “a vida é feita de muitos ciclos. A gente deve saber a hora de entrar e a hora de sair”. A fala levanta especulações sobre uma possível aposentadoria antecipada, antes do prazo legal.

Barroso já não ocupa mais a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) — cargo que foi transmitido ao ministro Edson Fachin — e sua declaração reforça rumores de que ele pode antecipar sua saída. Hoje, sua aposentadoria compulsória está prevista para 2033, quando completará 75 anos.
Se Barroso deixar o cargo antes desse prazo, cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar o novo membro da Suprema Corte. Um dos nomes mais cogitados para a vaga é o do advogado-geral da União, Jorge Messias, de 45 anos, considerado tecnicamente preparado e alinhado ao governo. Se escolhido, ele poderia servir por cerca de 30 anos no STF.
Outros nomes também surgem nos bastidores: o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho; o ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e até o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A possível antecipação da saída de Barroso acende uma disputa silenciosa por influência na composição futura da Suprema Corte, especialmente em um momento de demandas judiciais e políticas acirradas.
