
Após anunciar sua aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (9), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que vê com “gosto” a possibilidade de uma mulher assumir sua vaga na Corte.

A decisão é de responsabilidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, segundo o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, deve ocorrer após a viagem de Lula a Roma, para o Fórum Mundial da Alimentação 2025.
Barroso reafirmou seu apoio à maior presença feminina no Judiciário:
"Filosoficamente, sou defensor de mais mulheres nos tribunais superiores como regra geral. No Conselho Nacional de Justiça, implementei com empenho a resolução de paridade de gênero nos tribunais de segundo grau", afirmou.
O ministro destacou que vê com simpatia a escolha recair sobre uma mulher, mas ressaltou que isso não exclui candidatos homens com mérito legítimo. Segundo ele, há muitas magistradas competentes para assumir a função, alinhando-se às demandas de entidades do Judiciário que defendem a redução da desigualdade de gênero na Corte.
Barroso também revelou que não comunicou pessoalmente sua aposentadoria a Lula. Aos 67 anos, ele ainda poderia permanecer no cargo até os 75, idade máxima para ministros do STF. Ele passou a presidência da Corte para o ministro Edson Fachin no final de setembro.
