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POLÍTICA

Aposentadoria de Barroso: entenda como é feita a escolha de um ministro do STF

Saiba o passo a passo da indicação presidencial, da sabatina no Senado e da posse no Supremo Tribunal Federal

9 outubro 2025 - 21h15Adriana Victorino
Plenário da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), localizado no prédio anexo da corte em Brasília.
Plenário da primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), localizado no prédio anexo da corte em Brasília. - (Foto: Wilton Júnior/Estadão)

O ministro Luís Roberto Barroso anunciou nesta quinta-feira, 9, que deixará antecipadamente o Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, comunicada durante sessão plenária, abre espaço para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faça mais uma indicação à Corte — a quinta desde que assumiu o governo pela primeira vez, em 2003.

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Barroso, que deixou a presidência do Supremo no mês passado, afirmou ter tomado a decisão de forma pessoal e definitiva. Com sua saída, o STF voltará a ter uma cadeira vaga, o que reacende a disputa política em torno da nova nomeação.

Atualmente, o Supremo é formado por 11 ministros, conforme determina a Constituição Federal. Entre os atuais integrantes, quatro foram escolhidos por Lula, três por Dilma Rousseff (PT), dois por Jair Bolsonaro (PL) e os demais por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Michel Temer (MDB).

A escolha de um ministro do STF é prerrogativa exclusiva do presidente da República. O nome indicado deve ser de um cidadão brasileiro nato, entre 35 e 75 anos, com notório saber jurídico e reputação ilibada. Após a indicação, o Senado precisa aprovar o escolhido em sabatina e votação secreta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário.

Com a aprovação, o decreto de nomeação é assinado pelo presidente, e o novo ministro toma posse no próprio Supremo. O cargo é vitalício, com aposentadoria compulsória aos 75 anos.

Nos bastidores, Lula já começou a discutir possíveis nomes para a sucessão. O advogado-geral da União, Jorge Messias, é apontado como o favorito do presidente. Outra possível candidata é Maria Elizabeth Rocha, atual presidente do Superior Tribunal Militar (STM), que tem sido elogiada por Lula em eventos públicos e já fez declarações críticas a Jair Bolsonaro sobre o episódio do golpe de Estado.

Composição atual do STF:

  • Gilmar Mendes – indicado por FHC (PSDB) em 2002, se aposenta em 2030

  • Cármen Lúcia – indicada por Lula (PT) em 2006, se aposenta em 2029

  • Dias Toffoli – indicado por Lula (PT) em 2009, se aposenta em 2042

  • Luiz Fux – indicado por Dilma Rousseff (PT) em 2011, se aposenta em 2028

  • Luís Roberto Barroso – indicado por Dilma Rousseff (PT) em 2013, se aposenta em 2033

  • Edson Fachin – indicado por Dilma Rousseff (PT) em 2015, se aposenta em 2033

  • Alexandre de Moraes – indicado por Michel Temer (MDB) em 2017, se aposenta em 2043

  • Kassio Nunes Marques – indicado por Jair Bolsonaro (PL) em 2020, se aposenta em 2047

  • André Mendonça – indicado por Jair Bolsonaro (PL) em 2021, se aposenta em 2047

  • Cristiano Zanin – indicado por Lula (PT) em 2023, se aposenta em 2050

  • Flávio Dino – indicado por Lula (PT) em 2024, se aposenta em 2043

Com a aposentadoria antecipada de Barroso, Lula terá a oportunidade de deixar mais uma marca no tribunal, reforçando sua influência na composição do Supremo.

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