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PROTEÇÃO INFANTOJUVENIL

Assembleia aprova exigência de certidões criminais para entidades que atuam com crianças e jovens

Projeto de Hashioka visa proteger menores e será obrigatório para instituições que recebem recursos públicos estaduais

10 setembro 2025 - 15h05Adriana Viana
Deputados aprovam projeto que exige certidões criminais em instituições que recebem verba pública e atuam com menores
Deputados aprovam projeto que exige certidões criminais em instituições que recebem verba pública e atuam com menores - Foto: Wagner Guimarães
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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul aprovou, em segunda discussão, o Projeto de Lei 72/2024, que obriga entidades públicas ou privadas que atuam com crianças e adolescentes a apresentar certidões de antecedentes criminais de todos os seus colaboradores como condição para receber recursos públicos estaduais.

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A proposta é de autoria do deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) e foi aprovada na sessão plenária desta quarta-feira, 10, com 19 votos favoráveis. Agora, segue para Redação Final antes de ser encaminhada para sanção governamental.

Segundo o parlamentar, o objetivo do projeto é fortalecer a proteção de crianças e adolescentes em instituições que recebem recursos do Estado, em alinhamento com as recentes alterações do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei Federal 8.069/1990.

Medida preventiva e de segurança

De acordo com o texto aprovado, todas as instituições sociais que desenvolvem atividades com menores — sejam elas públicas ou privadas — deverão apresentar as certidões de antecedentes criminais dos seus funcionários e colaboradores a cada seis meses. A exigência vale tanto para instituições que recebem verba pública diretamente quanto para aquelas conveniadas ou parceiras do Estado.

“É uma medida preventiva, necessária para resguardar os direitos das crianças e adolescentes e também a integridade das instituições que lidam com esse público. Queremos garantir que os recursos públicos sejam destinados a entidades idôneas e comprometidas com a segurança e bem-estar dos menores”, afirmou Hashioka.

Alinhamento com o ECA e com a transparência

O projeto também tem como base as mudanças mais recentes no ECA, que reforçam a necessidade de fiscalização e controle sobre instituições que atuam diretamente com a infância e a adolescência. A proposta busca oferecer maior transparência no uso de verbas públicas e fortalecer o controle social sobre entidades que recebem repasses do governo estadual.

Além de prevenir riscos, a nova regra poderá contribuir para que as instituições revisem periodicamente os perfis de seus colaboradores, mantendo um ambiente mais seguro para o público atendido.

A atualização semestral das certidões deverá ser mantida em arquivo pelas entidades e ficará à disposição dos órgãos de controle e fiscalização do Estado.

Próximos passos

Com a aprovação em segunda discussão, o Projeto de Lei 72/2024 segue agora para a Redação Final. Após esse trâmite, será encaminhado ao governador Eduardo Riedel, que poderá sancionar a proposta e transformá-la em lei.

Caso entre em vigor, a nova regra deverá ser observada por escolas comunitárias, projetos sociais, ONGs, centros de convivência, associações e demais instituições que mantêm vínculos com o poder público estadual e atuam com o público infantojuvenil.

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