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CRISE NA ARGENTINA

Governo Milei aciona Justiça após vazamento de áudios de Karina Milei

Conversas gravadas da irmã do presidente são tratadas como operação ilegal para desestabilizar o país

1 setembro 2025 - 14h15Laís Adriana
Karina Milei, secretária-geral da presidência da Argentina, é alvo de gravações divulgadas ilegalmente
Karina Milei, secretária-geral da presidência da Argentina, é alvo de gravações divulgadas ilegalmente - Tomas Cuesta/Getty Images
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O porta-voz da presidência da Argentina, Manuel Adorni, anunciou nesta segunda-feira (1º) que o governo acionou a Justiça Federal para investigar uma operação de inteligência responsável por divulgar gravações privadas de Karina Milei, irmã do presidente Javier Milei e secretária-geral da presidência.

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Segundo Adorni, a ação é considerada ilegal e teria como objetivo desestabilizar o governo em plena campanha eleitoral. “Conversas privadas de Karina Milei e outros funcionários foram gravadas, manipuladas e divulgadas para condicionar o Poder Executivo”, declarou o porta-voz em publicação na rede social X (antigo Twitter). “Não foi um vazamento. Foi um ataque ilegal, planejado e dirigido”, completou.

Escândalo afeta Casa Rosada

As gravações teriam relação com o escândalo de corrupção e pagamento de subornos envolvendo a Agência Nacional de Deficiência (Andis), que vem desgastando a imagem do governo Milei. Apesar do impacto político, uma fonte do alto escalão afirmou ao jornal Infobae que Karina não fez nenhuma declaração incriminadora.

“A gravação do interior da Casa Rosada com essas intenções é gravíssima”, destacou a fonte.

Reação rápida do governo

A decisão de formalizar a denúncia foi tomada ao meio-dia desta segunda, após reunião entre Adorni, o assessor presidencial Santiago Caputo e representantes da Procuradoria do Tesouro argentino. O encontro ocorreu após uma madrugada de intensas discussões, com participação do vice-ministro da Justiça, Sebastián Amerio, e do procurador de La Libertad Avanza, Santiago Viola.

O governo argentino trata o episódio como um ataque à institucionalidade e promete responsabilizar os envolvidos pela gravação e divulgação das conversas.

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