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DESDOBRAMENTOS DA LAVA JATO

Araçatuba pode entrar em investigação sobre milhões de Palocci em Miami

Atualmente, o que pode relacionar Palocci a Araçatuba é o Estaleiro Rio Tietê, que é alvo de uma ação milionária na Justiça federal, pois há suspeitas de fraudes em licitação superiores a R$ 342 milhões

5 outubro 2016 - 15h50DA REDAÇÃO
Antônio Palocci, preso pela Polícia Federal há poucos dias
Antônio Palocci, preso pela Polícia Federal há poucos dias - Divulgação

Notícia divulgada na noite desta terça-feira (04), pelo site O Antagonista, coloca Araçatuba na rota de uma investigação sobre milhões de dólares do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci, preso pela Polícia Federal há poucos dias, que teriam sido descobertos na conta de um banco em Miami, nos Estados Unidos.

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O site publicou: “A Lava Jato foi informada de que Antônio Palocci teria US$ 348 milhões depositados numa conta de um banco em Miami. Os R$ 61 milhões facilmente encontrados em suas contas bancárias no Brasil são, portanto, meros trocados. Para chegar a Miami, os investigadores farão escala em Araçatuba”.

A publicação é reveladora, uma vez que, desde que o PT assumiu o poder no País, em 2002, não faltam rumores sobre possíveis ações de Palocci na região. Até chegou-se a especular que ele seria dono de uma fazenda na região.

No entanto, as principais evidências de Palocci com Araçatuba estariam centradas em dois nomes. Os empresários Mário Costa, que fez fortuna com a empresa Soft Micro, e Beto Colnaghi, de Penápolis, que teria dado caronas ao ex-ministro em seu jatinho particular e seria dono de um avião onde foram apreendidas caixas de papelão com dólares, possivelmente vindos de Cuba, destinados a campanha do PT nas eleições de 2012.

No caso de Mário Costa, sua empresa teria vendido software ao estado de tocantins em 2005, tendo o ex-ministro da Fazenda como uma espécie de intermediário A negociação, na época, teria sido da ordem de R$ 5 milhões.

Atualmente, o que pode relacionar Palocci a Araçatuba é o Estaleiro Rio Tietê, que é alvo de uma ação milionária na Justiça federal, pois suspeitas de fraudes em licitação superior a R$ 342 milhões. Contratação feita pela Transpetro, subsidiária da Petrobras, que acabou sendo paralisada antes mesmo de a empresa entregar os 20 comboios de barcaças e empurradores destinados ao transporte de etanol pelo rio Tietê. Apenas quatro conjuntos de embarcações teriam ficado prontas. Porém, até hoje, nenhuma gota de combustível foi transportada pelas mesmas.

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