
Além da apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro, outras medidas foram tomadas pela Polícia Federal durante a operação Venire. Seis pessoas foram presas, entre elas o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid. A operação foi autorizada por Moraes dentro do inquérito das "milícias digitais" que já tramita no STF.
A TV Globo divulgou que a fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os Estados Unidos (no penúltimo dia de mandato). Bolsonaro diz que não tomou vacina, mas segundo investigações, a inclusão no sistema dizendo que ele foi vacinado ocorreu para o ex-presidente poder entrar nos EUA.
Com a apreensão do passaporte, Bolsonaro não poderá mais viajar para Portugal, onde iria participar de um evento da extrema direita em Lisboa nos dias 13 e 14 deste mês. O ex-presidente havia confirmado sua presença na cúpula mundial da extrema direita em abril, mas agora terá que cancelar seus planos.
As investigações da Polícia Federal apuram a inserção de dados falsos de vacinação contra covid-19 no sistema do Ministério da Saúde. A operação Venire é mais uma etapa do inquérito das "milícias digitais", que apura a disseminação de fake news e ataques a autoridades e instituições. A ordem de apreensão do passaporte de Bolsonaro e dos demais investigados foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.


