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12 de dezembro de 2025 - 18h31
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CÂMARA DOS DEPUTADOS

Violência lidera preocupações e apoio à PEC da Segurança cresce na Câmara

Pesquisa mostra que 49% dos deputados agora apoiam a proposta, enquanto 43% apontam a violência como o maior problema do País

12 dezembro 2025 - 15h55Geovani Bucci
Cresce o apoio à PEC da Segurança em meio a aumento da preocupação com a violência no Brasil.
Cresce o apoio à PEC da Segurança em meio a aumento da preocupação com a violência no Brasil. - Lula Marques/ Agência Brasil

A percepção da violência como o principal problema do Brasil ganhou força entre os deputados federais e tem influenciado diretamente o avanço de propostas legislativas na área. De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (12), o apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública cresceu de 42% para 49% entre os parlamentares, após mudanças anunciadas pelo relator Mendonça Filho (União-PE).

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O levantamento mostra que o tema da segurança passou a dominar o debate político na Câmara dos Deputados, especialmente após a megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Em junho, apenas 23% apontavam a violência como o maior problema do País. Agora, o número saltou para 43%.

No campo fiscal, a pesquisa revela forte resistência do Congresso a cortes em áreas sensíveis. A maioria dos deputados é contra a redução de verbas para políticas assistenciais (67%), emendas parlamentares (58%) e o Plano Safra (84%). Por outro lado, há amplo apoio a medidas que aumentem a arrecadação ou combatam privilégios.

Segundo o levantamento, 90% dos parlamentares são favoráveis à redução de gastos com supersalários no serviço público. Há também apoio expressivo ao aumento da taxação sobre empresas de apostas (bets), com a mesma porcentagem.

Outras propostas bem recebidas incluem maior taxação sobre fintechs (65%) e a redução de benefícios fiscais para empresas (58%). Já a previdência dos militares também entrou na mira dos congressistas: 57% apoiam a redução de gastos no setor.

Apesar do apoio a medidas fiscais voltadas à arrecadação, os deputados demonstram resistência a propostas que afetam investidores. Metade da Câmara é contrária ao aumento da taxação sobre títulos de investimento, e 72% rechaçam a elevação da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A PEC da reforma administrativa ainda não tem maioria: 41% apoiam a medida, enquanto 43% são contrários. O mesmo ocorre com o fim da jornada 6x1, que tem apoio de 42% e oposição de 45%.

Entre os temas que avançam com apoio sólido, estão a regulação do trabalho por aplicativos, com 66% de aprovação, e a tarifa zero no transporte público, defendida por 65% dos deputados. A segunda fase da reforma tributária, que trata da transição do ICMS para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), conta com o apoio de 60% dos parlamentares.

A proposta de eliminar a obrigatoriedade de autoescola para a obtenção da CNH, no entanto, enfrenta resistência: 45% são contra, enquanto 38% apoiam a ideia.

O levantamento da Genial/Quaest foi realizado entre os dias 29 de outubro e 11 de dezembro, com 167 deputados federais. A margem de erro é de sete pontos percentuais. O estudo indica que, mesmo diante de divergências em pautas específicas, há uma tendência de apoio a projetos que ampliem direitos sociais, combatam privilégios e deem respostas rápidas à crise de segurança pública no País.

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