
O apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro a Beto Pereira, candidato do PSDB à prefeitura de Campo Grande, causou divisões internas no Partido Liberal (PL) de Mato Grosso do Sul. Este apoio diverge das expectativas de alguns membros do partido, que preferiam outras alianças.

O acordo foi firmado em reunião em Brasília, na última quinta-feira (27), que contou com a presença de lideranças do PSDB e PL, incluindo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Este movimento gerou insatisfação entre os seguidores mais fiéis de Bolsonaro, especialmente após Rafael Tavares expressar publicamente seu descontentamento. Tavares argumentou que as decisões de Bolsonaro foram influenciadas por informações inadequadas e destacou contradições nas posturas políticas de Beto Pereira, como seu apoio anterior a Simone Tebet.
A decisão de apoiar Beto Pereira também está sendo criticada por associar o PL a figuras do PSDB que previamente criticaram Bolsonaro. Este cenário está causando um racha entre os membros do PL, com parte apoiando Beto Pereira e a outra metade apoiando a reeleição de Adriane Lopes.
A situação complexa dentro do PL pode resultar na saída de membros como João Henrique Catan e Rafael Tavares. Enquanto isso, lideranças do PL e PSDB, incluindo Tereza Cristina, estão agendadas para discutir o acordo em Brasília neste sábado.
A situação permanece incerta, com a convenção do partido que definirá os rumos da aliança prevista para ocorrer até 15 de agosto.
