Neste domingo (3), centenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram em Campo Grande para manifestar apoio ao movimento nacional Reaja Brasil. O ato teve início às 10h na Praça do Rádio Clube, com uma carreata que seguiu pela Avenida Afonso Pena até a Via Park, onde os participantes realizaram um adesivaço em seus veículos.
O objetivo principal do protesto foi apoiar Bolsonaro, que está cumprindo medidas cautelares desde 18 de julho, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, após ser alvo de decisões judiciais. Manifestantes com roupas nas cores verde e amarela, além de bandeiras do Brasil, dos Estados Unidos e de Israel, pediram maior liberdade de expressão e criticaram o governo atual e a atuação do Judiciário, principalmente do ministro Alexandre de Moraes.
O ex-deputado estadual Rafael Tavares (PL) foi um dos que discursaram, agradecendo aos manifestantes pela coragem de ir às ruas. "Agora temos um amigo poderoso do outro lado, o Donald Trump. O povo brasileiro vai para a rua. Vamos em defesa da liberdade e da anistia", disse ele.
Carlos Antônio Lopes, construtor de 56 anos, declarou que sua presença no ato se deu pela busca de um "país mais livre". "O povo tem que vir para a rua, tem que pedir a nossa liberdade. O que me trouxe foi a vontade de um Brasil livre", destacou.
Além de Tavares, o evento contou com a presença de outros parlamentares, como o deputado federal Marcos Pollon (PL) e o deputado estadual Carlos Alberto David, o coronel Davi (PL), que também se manifestaram sobre a importância da mobilização pela independência dos poderes. "A mobilização é um direito constitucional de se posicionar pela independência dos poderes", afirmou o vereador Herculano Borges (Republicanos).
O ato em Campo Grande faz parte de uma série de manifestações que ocorreram simultaneamente em várias cidades do Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Os protestos, que pedem a anistia a Bolsonaro e criticam o STF e o governo Lula, têm o apoio de vários membros do PL, incluindo deputados federais como Filipe Barros (PL-PR) e Nikolas Ferreira (PL-MG).
Embora o ex-presidente Bolsonaro tenha sido a figura central do movimento, ele não participou dos atos devido às restrições impostas pela Justiça. A convocação dos protestos foi realizada por meio das redes sociais com o slogan Reaja, Brasil e ocorreu após o anúncio de sanções dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes, acusado de violações de direitos humanos pela Lei Magnitsky.
