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POLÍTICA

Antônio Rueda responde a críticas de Lula sobre lealdade no governo

Presidente do União Brasil destaca importância de independência política

27 agosto 2025 - 22h00Raisa Toledo
Antonio Rueda publicou no X que 'o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais'.
Antonio Rueda publicou no X que 'o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais'. - (Foto: Divulgação/União Brasil)
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O presidente nacional do União Brasil, Antônio Rueda, respondeu nesta terça-feira (26) às críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a ministros da legenda. Em uma publicação nas redes sociais, Rueda afirmou que as declarações de Lula reforçam a relevância de uma força política que não se submete ao governo.

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A troca de alfinetadas ocorreu após uma reunião ministerial, na qual Lula cobrou lealdade dos ministros filiados ao União Brasil e ao PP. Esses partidos formaram recentemente a federação União Progressista. Segundo informações do Estadão, o presidente ficou indignado ao ouvir Rueda falar mal dele durante a cerimônia de anúncio da federação, sem que nenhum ministro o defendesse.

Na resposta, Rueda escreveu: “Na democracia, o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais, mas pelo respeito às instituições e às responsabilidades de cada um. O que deve nos guiar é a construção de soluções e não demonstrações de desafeto”. A declaração do presidente do União Brasil destaca a importância de um espaço político independente dentro do governo, sem se submeter a interesses pessoais ou partidários.

Durante a reunião, Lula sugeriu que ministros que não se sentem confortáveis no governo devem deixar seus cargos, mas destacou que espera manter uma relação amistosa com aqueles que decidirem sair. O presidente também pediu neutralidade nas eleições de 2026, caso alguns ministros não o apoiem no primeiro turno.

Esse embate ocorre em meio a um cenário de incertezas internas dentro da União Progressista, com discussões sobre a permanência ou saída do governo federal. O União Brasil ocupa três pastas ministeriais: Turismo, com Celso Sabino; Comunicações, com Frederico de Siqueira Filho; e Desenvolvimento Regional, com Waldez Góes – sendo que os dois últimos não são membros da sigla, mas indicações do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Já o PP ocupa a pasta do Esporte, chefiada por André Fufuca.

Dentro da federação, ainda não há um consenso claro sobre o futuro da aliança com o governo. O presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), tem defendido o desembarque do governo Lula “o mais rápido possível”. Por outro lado, Davi Alcolumbre tem adotado um tom mais conciliador, afirmando que a União Progressista não se considera nem governo, nem oposição, mantendo uma postura de independência.

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