
A vice-primeira-ministra do Reino Unido, Angela Rayner, renunciou nesta sexta-feira (5) após uma investigação independente concluir que ela não atendeu aos padrões esperados de ministros do governo devido a um erro fiscal na compra de um apartamento em Hove, no sul da Inglaterra.

Rayner, de 45 anos, havia admitido na quarta-feira que não pagou impostos suficientes na transação, mas destacou que o relatório reconheceu que ela agiu de boa fé.
“Assumo total responsabilidade por este erro. Nunca foi minha intenção fazer outra coisa senão pagar o valor correto”, declarou na carta de renúncia enviada ao primeiro-ministro Keir Starmer.
Reação do governo
Starmer lamentou a saída da vice-premiê, mas afirmou que ela tomou a decisão correta:
“Não tenho nada além de admiração por você e enorme respeito por suas conquistas na política”, escreveu o premiê trabalhista em resposta, ressaltando que recebeu a carta “com verdadeira tristeza”.
Rayner permanecerá como parlamentar, apesar de deixar o cargo no governo.
Relatório e contexto pessoal
O conselheiro independente para padrões ministeriais, Laurie Magnus, destacou que Rayner “agiu com integridade e compromisso exemplar com o serviço público”, mas mesmo assim violou o código de conduta dos ministros.
A ex-vice-premiê explicou que seus “arranjos de vida complexos”, ligados ao divórcio em 2023 e aos cuidados com o filho, que tem deficiências ao longo da vida, dificultaram o processo correto de declaração fiscal.
Em sua carta, ela também mencionou o impacto da pressão da mídia sobre a família como um dos motivos para a decisão de renunciar.
