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25 de novembro de 2025 - 20h57
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POLÍTICA

Anderson Torres cumprirá pena por tentativa de golpe na Papuda, em cela da PMDF

Condenado a 24 anos, ex-ministro vai iniciar cumprimento em regime fechado no chamado Papudinha, destinado a policiais

25 novembro 2025 - 17h40Vinícius Valfré
Anderson Torres vai cumprir pena no 19º Batalhão da PMDF, dentro do Complexo da Papuda, em Brasília
Anderson Torres vai cumprir pena no 19º Batalhão da PMDF, dentro do Complexo da Papuda, em Brasília - (Foto: Ton Molina/STF)
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O ex-ministro da Justiça Anderson Torres começará a cumprir pena de 24 anos de prisão, dos quais 21 em regime fechado, por tentativa de golpe de Estado. A ordem foi assinada nesta terça-feira (25) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Torres deve se apresentar ainda hoje às autoridades e será encaminhado para uma cela no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como “Papudinha”. O espaço, localizado dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, é destinado à custódia de policiais. Torres é delegado da Polícia Federal.

A execução da pena ocorre após o trânsito em julgado da ação penal do golpe, determinada também por Moraes. O magistrado entendeu que não cabem mais recursos por parte da defesa, e determinou o início imediato do cumprimento da sentença.

Pedido negado - Na segunda-feira (24), a defesa de Torres havia solicitado que ele pudesse cumprir a pena na Superintendência da Polícia Federal, onde também está preso o ex-presidente Jair Bolsonaro, ou no Batalhão de Aviação Operacional da PMDF. O advogado Eumar Roberto Novacki alegou questões de segurança, mas o pedido foi rejeitado por Moraes. Mais cedo, o advogado havia informado que apresentaria voluntariamente seu cliente caso fosse intimado, o que agora deve ocorrer com a ordem de prisão expedida pelo STF.

Anderson Torres foi condenado por envolvimento nos atos golpistas que culminaram com a tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022. O ex-ministro foi apontado como uma das figuras-chave na articulação do plano, tanto por omissão quanto por ação durante sua passagem pelo Ministério da Justiça.

Com a decisão, Torres se junta a outros condenados do mesmo processo que já tiveram suas penas iniciadas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, que teve o trânsito em julgado reconhecido também nesta terça-feira.

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