
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres começará a cumprir pena de 24 anos de prisão, dos quais 21 em regime fechado, por tentativa de golpe de Estado. A ordem foi assinada nesta terça-feira (25) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Torres deve se apresentar ainda hoje às autoridades e será encaminhado para uma cela no 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, conhecido como “Papudinha”. O espaço, localizado dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, é destinado à custódia de policiais. Torres é delegado da Polícia Federal.
A execução da pena ocorre após o trânsito em julgado da ação penal do golpe, determinada também por Moraes. O magistrado entendeu que não cabem mais recursos por parte da defesa, e determinou o início imediato do cumprimento da sentença.
Pedido negado - Na segunda-feira (24), a defesa de Torres havia solicitado que ele pudesse cumprir a pena na Superintendência da Polícia Federal, onde também está preso o ex-presidente Jair Bolsonaro, ou no Batalhão de Aviação Operacional da PMDF. O advogado Eumar Roberto Novacki alegou questões de segurança, mas o pedido foi rejeitado por Moraes. Mais cedo, o advogado havia informado que apresentaria voluntariamente seu cliente caso fosse intimado, o que agora deve ocorrer com a ordem de prisão expedida pelo STF.
Anderson Torres foi condenado por envolvimento nos atos golpistas que culminaram com a tentativa de ruptura institucional após as eleições de 2022. O ex-ministro foi apontado como uma das figuras-chave na articulação do plano, tanto por omissão quanto por ação durante sua passagem pelo Ministério da Justiça.
Com a decisão, Torres se junta a outros condenados do mesmo processo que já tiveram suas penas iniciadas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, que teve o trânsito em julgado reconhecido também nesta terça-feira.


