Na manhã de terça-feira, (09), o plenário da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul ficou em silêncio por um instante. Depois, falou alto. O presidente da Casa, Gerson Claro, pediu a palavra para tratar de um tema que há anos exige urgência, mas segue estampando manchetes e manchetes: o feminicídio.
Mesmo depois da mobilização nacional do último domingo, batizada de Mulheres Vivas, o Estado registrou mais um assassinato de mulher. O 38º só em 2025. O crime aconteceu no dia seguinte à manifestação e levou Gerson a dizer que a tragédia nos envergonha e nos convoca. "Essa é uma luta que não é só das mulheres", disse ele, "é da sociedade inteira".
O presidente também manifestou apoio à deputada estadual Gleice Jane. No fim de semana, ela foi alvo de ameaças misóginas e de morte pelas redes sociais. Gerson Claro afirmou que a Casa está ao lado da parlamentar, solidária e firme no enfrentamento da violência contra as mulheres.
Lembrou que a ALEMS tem avançado em ações concretas, apoiando mudanças nos protocolos da Polícia Civil, do Ministério Público e da Casa da Mulher Brasileira. Também destacou projetos como o “Todos por Elas”, voltado à conscientização e acolhimento.
O discurso foi direto. O Estado não pode continuar nessa estatística. Gerson chamou a sociedade inteira para a conversa: igrejas, famílias, escolas e instituições. Reafirmou que a Assembleia seguirá vigilante, com leis e ações que protejam as mulheres e combatam a violência. Um compromisso que, segundo ele, não se discute e não se adia.
Infográfico destaca o cenário de violência contra a mulher em Mato Grosso do Sul e o posicionamento da Assembleia Legislativa diante do 38º caso de feminicídio no ano.
