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Turistas relatam espancamento em Porto de Galinhas após discussão por aluguel de cadeiras

Casal do Mato Grosso diz que foi atacado por cerca de 30 pessoas e critica falta de segurança na praia

29 dezembro 2025 - 10h10Alessandra Monnerat
Casal de empresários é espancado em Porto de Galinhas após aluguel de cadeira
Casal de empresários é espancado em Porto de Galinhas após aluguel de cadeira - (Foto: Reprodução/Rede Social)

Um casal de turistas do Mato Grosso afirma ter sido agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, em Pernambuco, após uma discussão envolvendo o valor cobrado pelo aluguel de cadeiras de praia. Os empresários Cleiton Zanatta e Johnny Andrade relatam que foram cercados e espancados por dezenas de pessoas, no que classificam como uma situação de extremo risco.

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Segundo o casal, eles passavam férias de fim de ano no balneário e foram abordados por um vendedor que ofereceu cadeiras de praia. No momento do pagamento, o valor cobrado teria sido quase o dobro do que havia sido combinado inicialmente, o que gerou a discussão.

Em vídeos publicados nas redes sociais, Johnny Andrade conta que se recusou a pagar o preço reajustado e que, após isso, um dos comerciantes teria arremessado uma cadeira contra ele. “Quando eu me dei conta, não era nem um, nem dois. Tinha uns 10, 15 em cima da gente, batendo”, afirmou. Segundo ele, o companheiro conseguiu fugir. “Tinha aproximadamente uns 30 homens mais ou menos nesse momento.”

Nas imagens divulgadas, Johnny aparece com o rosto inchado e com diversos hematomas. Ele relata ter sido atingido por socos e chutes. “Meu rosto está completamente danificado, toda a lateral do meu corpo está machucada, porque eles bateram muito em mim”, disse.

O casal afirma que a agressão só cessou após a chegada de uma equipe de salva-vidas, acionada por Cleiton Zanatta. Os dois foram colocados na parte traseira de um veículo do Corpo de Bombeiros para deixar o local. Em outro vídeo que circula nas redes sociais, vários homens aparecem cercando o carro e tentando continuar as agressões.

Johnny declarou que, sem a intervenção dos profissionais, o episódio poderia ter terminado de forma ainda mais grave. “Se os salva-vidas não tivessem intervindo, teria sido um massacre”, afirmou.

Além da violência, os turistas criticaram a falta de policiamento na praia e relataram problemas no atendimento hospitalar, citando ausência de equipamentos adequados. O casal informou que pretende processar a Prefeitura de Ipojuca e o Governo de Pernambuco.

“A cidade não tem estrutura para receber turistas”, disse Johnny. Segundo ele, após o episódio, recebeu relatos de outras pessoas que teriam passado por situações semelhantes na região.

A Prefeitura de Ipojuca, município onde fica Porto de Galinhas, divulgou nota na qual lamenta e repudia a agressão aos turistas. De acordo com a administração municipal, os órgãos competentes já apuram o caso para identificar os responsáveis e adotar as medidas legais cabíveis.

A prefeitura informou ainda que houve atuação das equipes de salva-vidas e da Guarda Municipal no momento da ocorrência, o que teria evitado o agravamento da situação. Também afirmou que vem realizando ações de ordenamento da praia, como recadastramento de ambulantes, reuniões com barraqueiros e entrega de crachás de identificação com QR Code.

A reportagem tentou contato com o Governo de Pernambuco e com a Secretaria de Defesa Social do Estado, mas não obteve resposta até a publicação.

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