
O tenente Henrique Otavio Oliveira Velozo, reintegrado à Polícia Militar do Estado de São Paulo após ser absolvido pelo Tribunal do Júri na morte do campeão mundial de jiu-jitsu Leandro Lo, foi afastado das atividades policiais pelo Comando Geral da corporação. A defesa de Velozo não se pronunciou até o momento.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), o tenente ficará sujeito a um regime disciplinar específico, que inclui: afastamento das funções, proibição do uso de uniforme, recebimento de apenas um terço da remuneração e impossibilidade de promoção, até que haja decisão final do Poder Judiciário. A medida foi publicada no Diário Oficial em 1º de dezembro.
Velozo foi acusado de matar Leandro Lo com um tiro na cabeça em 7 de agosto de 2022, durante uma discussão na qual, segundo testemunhas, o policial teria sido imobilizado pelo atleta antes de atirar. A defesa alegou legítima defesa, tese acolhida pelo júri, resultando na absolvição no mês passado. A mãe de Lo, Fátima Lo, informou que irá recorrer da decisão.
Anteriormente, Velozo chegou a ser preso no Presídio Militar Romão Gomes e excluído da corporação após decisão do Tribunal de Justiça Militar (TJM). Na Justiça comum, ele respondeu por homicídio triplamente qualificado, considerando motivação torpe, meio cruel e traiçoeiro. Em setembro, o governador Tarcísio de Freitas oficializou sua demissão da PM, mas uma liminar da Justiça em outubro suspendeu o decreto, reintegrando o tenente aos quadros da corporação, embora ele tenha permanecido sob custódia até novembro.

