
A Polícia Civil de São Paulo já identificou dois suspeitos de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral do Estado, Ruy Ferraz Fontes. O crime ocorreu na segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. O avanço da investigação foi possível graças a vestígios de material genético recolhidos no veículo utilizado pelos criminosos.

A força-tarefa responsável pelo caso apura ainda a participação de um líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), que deixou a prisão há cerca de um mês. O grupo criminoso é apontado como um dos mais articulados do país.
Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira (17), o procurador de Justiça Márcio Christino, autor do livro Laços de Sangue: A História Secreta do PCC, alertou para a necessidade de uma resposta mais estruturada do poder público. “O PCC como organização criminosa subiu um degrau. Está demonstrando uma capacidade de organização quase militar”, afirmou.
Christino reforçou que o Estado precisa se reorganizar para identificar e combater facções que vêm demonstrando maior poder de articulação, o que representa um desafio crescente para as autoridades de segurança.
