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07 de outubro de 2025 - 10h34
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GRILAGEM NO PANTANAL

Suspeitos de grilagem no Pantanal têm R$ 212 mi bloqueados pela PF

PF deflagra segunda fase da Operação Prometeu e bloqueia R$ 212 milhões de suspeitos em Corumbá; dano ambiental chega a R$ 220 milhões

7 outubro 2025 - 08h18Ricardo Eugenio
Agente da Polícia Federal analisa documentos durante cumprimento de mandado da Operação Prometeu, que investiga grilagem de terras da União no Pantanal.
Agente da Polícia Federal analisa documentos durante cumprimento de mandado da Operação Prometeu, que investiga grilagem de terras da União no Pantanal. - (Foto: Divulgação)
Terça da Carne

A manhã desta terça-feira (7) começou agitada em Corumbá, a 428 quilômetros de Campo Grande. A Polícia Federal bateu à porta de servidores públicos, empresários e fazendeiros, todos investigados por um esquema de grilagem de terras da União. O foco: o Pantanal.

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Era a segunda fase da Operação Prometeu, nome inspirado no mito grego do homem que roubou o fogo dos deuses — neste caso, o fogo é bem literal. Segundo a PF, a fraude começa com queimadas ilegais, usadas para limpar áreas públicas e transformá-las em pastagens. Em seguida, vêm os papéis. Documentos falsos, emitidos por funcionários do Incra e de um órgão municipal, davam aparência legal a terras invadidas. Em troca, pagamento. E lucro.

A Advocacia-Geral da União entrou no caso. Pediu o bloqueio de R$ 212 milhões dos investigados e cobra R$ 725 milhões em indenização por danos ambientais e patrimoniais. No Pantanal, terra não é só terra — é bioma. E o estrago é grande.

Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão. A PF encontrou armas — rifle, carabina e revólver — além de documentos, celulares e computadores. Os flagrantes viraram fiança e ninguém ficou preso. Mas as investigações avançaram. Uma área pública de 6,4 mil hectares estava sendo usada ilegalmente para criação de gado. O rebanho: cerca de sete mil cabeças.

A primeira fase da operação já havia exposto a tática do fogo: incendiar para tomar posse. Agora, os alvos se multiplicam e o caso cresce. Os envolvidos podem responder por uma longa lista de crimes: grilagem, desmatamento, incêndio, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva e associação criminosa.

A Prefeitura de Corumbá, por enquanto, disse que não tem informações sobre a operação. O Incra confirmou que afastou um servidor.

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