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17 de novembro de 2025 - 18h06
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OPERAÇÃO CONTENÇÃO

STF cobra explicações do RJ sobre operação com 121 mortos

Governo fluminense tem até esta segunda-feira para entregar laudos, vídeos e nomes dos envolvidos

17 novembro 2025 - 15h55Rayanderson Guerra
O governo do Rio de Janeiro tem até esta segunda-feira (17) para entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os documentos exigidos sobre a Operação Contenção
O governo do Rio de Janeiro tem até esta segunda-feira (17) para entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os documentos exigidos sobre a Operação Contenção - (Foto: ABrasil)

O governo do Rio de Janeiro tem até esta segunda-feira (17) para entregar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os documentos exigidos sobre a Operação Contenção, que resultou na morte de 121 pessoas nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte da capital fluminense. A ação, deflagrada no último dia 28 de outubro, é considerada a mais letal já registrada no Brasil.

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O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, solicitou uma série de materiais para verificar a legalidade e proporcionalidade da operação, incluindo:

Laudos necroscópicos de todas as vítimas;

Relatórios de inteligência que justificaram a ação;

Lista com nomes de todos os policiais civis e militares que participaram;

Imagens captadas por câmeras corporais.

O pedido integra o processo da ADPF das Favelas, decisão do STF que impôs regras mais rígidas para ações policiais em comunidades do Rio.

O Estado pediu prazo extra para reunir a documentação. Moraes concedeu mais 48 horas, que se encerram nesta segunda-feira. O governador Cláudio Castro (PL) também foi intimado a apresentar esclarecimentos formais.

A polícia afirma que a operação tinha como alvo lideranças do Comando Vermelho e que houve embasamento em mandados de prisão e monitoramento prévio. Já entidades de direitos humanos criticam a alta letalidade e cobram transparência e responsabilização.

A repercussão foi imediata. Enquanto o governo estadual chamou a ofensiva de “histórica”, especialistas em segurança pública apontaram o alto número de mortos como um alerta para o fracasso da lógica do confronto armado.

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