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30 de outubro de 2025 - 20h56
SEGURANÇA PÚBLICA

Sindpol-RJ cobra apoio federal após morte de quatro policiais em operação na Penha

Entidade lamenta perdas na megaoperação Contenção e afirma que Rio vive 'estado de guerra permanente'

30 outubro 2025 - 16h25
Operação Contenção mobilizou forças de segurança no Complexo da Penha, no Rio; quatro agentes morreram em confronto.
Operação Contenção mobilizou forças de segurança no Complexo da Penha, no Rio; quatro agentes morreram em confronto. - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol-RJ) divulgou nota pública nesta quinta-feira (30) sobre a operação Contenção, realizada no último dia 28 no Complexo da Penha, zona norte da capital fluminense. A ação conjunta entre as polícias Civil e Militar resultou na morte de quatro agentes de segurança, além de prisões e apreensões de materiais ilícitos.

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Na avaliação do sindicato, a operação evidencia a gravidade da crise de segurança no estado. “A megaoperação resultou em prisões, apreensões e, infelizmente, na morte de quatro policiais, evidenciando a gravidade do enfrentamento diário ao crime organizado no estado”, afirmou o presidente do Sindpol-RJ, Wagner de Paula.

Policiais mortos são lembrados como “heróis da sociedade” - Entre os mortos na ação estão os policiais civis Marcos Vinicius (conhecido como Máskara) e Rodrigo Velloso Cabral, além dos militares Heber Carvalho da Fonseca e Cleiton Serafim Gonçalves, ambos integrantes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). O sindicato prestou solidariedade às famílias das vítimas.

“Queremos manifestar nossa solidariedade às famílias dos policiais, verdadeiros heróis da sociedade que foram vitimados no combate de ontem”, disse Wagner de Paula, em referência direta aos agentes mortos em serviço.

A megaoperação foi resultado de mais de um ano de investigação e de três meses de articulação estratégica entre as forças de segurança. O Sindpol-RJ destacou a complexidade do planejamento e reforçou a necessidade de suporte federal mais efetivo no combate ao crime organizado.

“O estado não é produtor de armas, nem de drogas. Esses produtos entram por rodovias, portos e aeroportos. O apoio financeiro e estrutural da União é indispensável”, alertou o sindicato.

Estado de guerra permanente - Para o Sindpol-RJ, os indicadores de violência comprovam que o Rio de Janeiro enfrenta uma situação de guerra urbana contínua. A entidade defende a valorização dos profissionais da segurança pública, incluindo melhores salários, equipamentos modernos e estrutura adequada para enfrentar organizações criminosas armadas e bem financiadas.

“O apoio aos servidores da segurança pública é essencial para garantir ações mais eficazes e com menos riscos”, reforçou Wagner de Paula.

A operação Contenção gerou reações distintas. Entidades da sociedade civil e ONGs ligadas a direitos humanos criticaram a letalidade da ação e denunciaram violações nas comunidades afetadas. O episódio também ganhou destaque na imprensa internacional.

Ainda assim, o Sindpol-RJ reafirma a necessidade de operações articuladas para conter o avanço do crime organizado, desde que acompanhadas de planejamento e apoio institucional.

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