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INTERNACIONAL

Escola é invadida e alunos são sequestrados na Nigéria em novo ataque armado

Episódio ocorre dias após rapto de 25 meninas e aumenta tensão em meio a crise diplomática com os Estados Unidos

21 novembro 2025 - 13h25Redação O Estado de S. Paulo*
Escola Santa Maria, em Papiri, foi invadida por homens armados; estudantes e funcionários foram sequestrados.
Escola Santa Maria, em Papiri, foi invadida por homens armados; estudantes e funcionários foram sequestrados. - Foto: Imagem gerada por IA

Homens armados invadiram a Escola Santa Maria, instituição católica localizada na comunidade de Papiri, no município de Agwara, na Nigéria, e sequestraram estudantes e funcionários nesta sexta-feira (21). Ainda não há informações sobre o número de pessoas levadas pelos criminosos, e as autoridades locais seguem em busca de detalhes sobre o ataque.

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O episódio é o segundo do tipo em menos de uma semana. Na última segunda-feira (17), 25 meninas foram sequestradas em outra ação, agravando o clima de insegurança que atinge diferentes regiões do país, historicamente marcado por ataques de grupos armados e sequestros em massa.

Escalada de tensão com os Estados Unidos - A nova onda de sequestros ocorre em meio a um momento delicado na relação entre a Nigéria e os Estados Unidos. O presidente norteamericano Donald Trump tem feito ameaças públicas de intervenção militar no país africano, sob a justificativa de que haveria perseguição à minoria cristã.

As declarações aumentaram a pressão diplomática e geraram críticas internas na Nigéria, que acusa Washington de interferência indevida em assuntos internos. Até o momento, o governo nigeriano não se pronunciou especificamente sobre o ataque desta sexta-feira, mas autoridades locais confirmaram que equipes de segurança estão mobilizadas para investigar o caso e tentar localizar os sequestrados.

Contexto de insegurança - Sequestros coletivos em escolas se tornaram um problema recorrente na Nigéria nos últimos anos, muitas vezes motivados por grupos criminosos que buscam resgate ou pressão política. O padrão de ataques envolve invasões rápidas, fuga por áreas rurais e demora nas negociações, o que dificulta o trabalho das forças de segurança.

Organizações internacionais já expressaram preocupação com a capacidade do país em proteger estudantes e profissionais da educação. A região de Agwara, onde ocorreu o ataque mais recente, é considerada vulnerável devido à baixa presença estatal e à atuação de quadrilhas armadas.

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