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17 de novembro de 2025 - 16h48
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IGUATEMI

Sejusp confirma apoio à PF em operação que terminou com duas mortes em MS

Segundo pasta, a Polícia Militar (PM) não atuava na área no momento do confronto e seguem em apoio à investigação federal

17 novembro 2025 - 14h40Carlos Guilherme
Segundo a Sejusp, o caso ocorrido em Iguatemi segue sob responsabilidade da Polícia Federal, com apoio da Sejusp
Segundo a Sejusp, o caso ocorrido em Iguatemi segue sob responsabilidade da Polícia Federal, com apoio da Sejusp - (Foto: Arquivo)

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp) confirmou, em nota divulgada nesta segunda-feira (18), que os policiais atuaram exclusivamente em apoio à Polícia Federal (PF) na ocorrência registrada no domingo (17), na Fazenda Cachoeira, no município de Iguatemi, a 360 km de Campo Grande.

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Segundo informações apuradas pela Sejusp, o conflito deixou dois mortos: Lucas Fernando da Silva, de 23 anos, que sofreu ruptura hepática e choque hemorrágico, e o indígena Vicente Fernandes Vilhalva, de 36 anos, atingido por disparo de arma de fogo, que causou traumatismo craniano.

Durante a ação, a Polícia Militar deteve Valdecir Alonso Brites, indígena suspeito de ser o autor do disparo que matou Vicente. Ele foi imediatamente encaminhado à Polícia Federal, responsável pela investigação do caso e pelos demais procedimentos legais.

Ainda conforme a nota, Eliéber Riquelme Ramires também ficou ferido. Ele foi atendido inicialmente em Iguatemi, mas, devido à gravidade dos ferimentos, foi transferido para um hospital em Dourados, onde permanece internado. Um adolescente indígena de 14 anos, baleado no braço, chegou a dar entrada no hospital de Iguatemi, mas deixou a unidade antes do término do atendimento médico.

"A Sejusp ressalta que nenhuma força estadual de segurança estava presente na área no momento do confronto e reforçou que as equipes seguem prestando apoio à Polícia Federal, que conduz a investigação do caso", disse o comunicado.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) informou que equipes do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários (DEMED), em conjunto com a Funai, estão na área, acompanhando as ações e cobrando atuação integrada dos órgãos de segurança pública. O MPI reforçou a necessidade de investigação rigorosa e afirmou que grupos armados têm atuado na região, colocando em risco a vida dos indígenas.

Nos últimos meses, retomadas promovidas pelos Guarani Kaiowá no sul do Estado se intensificaram, motivadas, segundo o MPI, pela tentativa de conter o uso de agrotóxicos que estaria provocando adoecimento e insegurança alimentar e hídrica nas aldeias. O Ministério também mencionou a criação de um Grupo de Trabalho Técnico entre pastas federais para buscar soluções e mediar conflitos fundiários na região.

As investigações seguem conduzidas pela Polícia Federal.

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