Samira Khouri, médica de 27 anos, relatou no programa Fantástico deste domingo (24) as terríveis agressões sofridas por Pedro Camilo Garcia Castro, seu ex-namorado, em julho de 2023, em Santos, litoral paulista. A jovem, que sofreu fraturas no crânio e múltiplas fraturas faciais, ainda enfrenta graves sequelas, como a perda de 50% da visão de um dos olhos e a paralisia do lado esquerdo do rosto.
"Durante as agressões, o Pedro quebrou todas as estruturas que seguram o meu globo ocular, além de vários ossos da minha face", contou Samira. A jovem também revelou que, após o espancamento, não consegue mais sorrir e precisa de ajuda para andar, dependendo da assistência de sua mãe.
O caso de violência doméstica ocorreu após uma noite de comemoração do aniversário de Samira em São Paulo. Os dois estavam em uma balada gay quando Castro, ao ver Samira conversando com outros homens, ficou agressivo e foi retirado do local pelos seguranças. Ao voltarem para o apartamento, a agressão se intensificou.
"Ele me deu um soco, eu caí no chão e não lembro de mais nada", relatou Samira, que acordou ainda sendo agredida. "Quando ele me socava no rosto, eu sentia uma dor como se alguém tivesse me tirando a vida", desabafou a médica.
Fisiculturista Pedro Camilo Garcia (à esq.) foi preso após espancar a médica Samira Khouri (à dir.) — Foto: Redes Sociais
Após o espancamento, Castro pegou o celular de Samira e saiu do apartamento. A polícia foi acionada por vizinhos, e Samira foi encontrada com o rosto desfigurado, sendo levada para o hospital. Castro, que quebrou a mão direita durante as agressões, foi preso em flagrante e teve a prisão convertida em preventiva.
Castro vai responder por tentativa de feminicídio, e sua defesa informou que recorrerá da decisão, alegando que ele faz uso de medicamentos controlados, anabolizantes e sofre de bulimia e depressão.
Samira ficou internada por doze dias na UTI, passando por várias cirurgias e ainda precisará de novos procedimentos no rosto. Sua advogada, Gabriela Mansur, afirmou ter provas da materialidade dos crimes e destacou a gravidade da situação: "Não ter feito nada para salvar, pedindo ajuda, demonstra inequivocamente que se trata de uma tentativa de feminicídio."
