
O ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão pelo estupro coletivo de uma jovem na Itália, foi transferido nesta segunda-feira (17) para o Centro de Ressocialização de Limeira, no interior de São Paulo. A transferência foi autorizada após um pedido feito pela defesa do atleta, que até então cumpria pena no Centro de Progressão Penitenciária II de Tremembé — unidade conhecida por receber presos com grande repercussão midiática, como Elize Matsunaga e Alexandre Nardoni.
Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Robinho chegou à nova unidade ainda pela manhã. A mudança de presídio ocorre num momento em que a defesa esgotou recursos no STJ e tenta, agora, levar o caso ao Supremo Tribunal Federal para tentar uma redução da pena.
Durante sua permanência em Tremembé, Robinho participou de atividades educacionais e de ressocialização, como cursos profissionalizantes, clube de leitura e prática regular de esportes. Em vídeo divulgado pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, ele afirmou não ter nenhum benefício extra e receber visitas apenas da esposa e dos filhos aos fins de semana.
Robinho foi condenado na Itália por envolvimento em um estupro coletivo ocorrido em 2013, quando jogava pelo Milan. Além dele, outros cinco homens participaram do crime. Apenas Roberto Falco também foi condenado e cumpre pena. Os outros envolvidos não foram julgados.
A Justiça italiana chegou à decisão final em 2022, após a condenação em todas as instâncias. Como o Brasil não extradita cidadãos natos, o governo italiano pediu que a pena fosse cumprida em território brasileiro. O STJ homologou a sentença estrangeira e determinou a prisão de Robinho em março de 2024.

