
Uma operação policial realizada pela Polícia Militar (PM) no Morro do Dendê, na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, gerou uma série de represálias por parte de traficantes nesta segunda-feira (18). Em resposta à ação, criminosos sequestraram vários ônibus, incendiando um deles e utilizando outros como barricadas. O tumulto afetou diretamente o transporte público, com 19 linhas de ônibus paralisadas.

A operação, que tinha como objetivo combater o tráfico de drogas e remover barricadas montadas por criminosos, resultou na prisão de quatro homens e na apreensão de armamentos pesados, como fuzis, granadas e rádios transmissores. A ação foi realizada pelo 17º Batalhão de Polícia Militar (BPM) com o apoio de outros batalhões da PM.
Em retaliação à ação policial, criminosos sequestraram ônibus nas ruas da Ilha do Governador, como na Avenida Paranapuam e Estrada da Cacuia. De acordo com informações do Sindicato das Empresas de Ônibus do Rio de Janeiro (Rio Ônibus), os passageiros e motoristas foram liberados, mas os veículos foram abandonados nas ruas. Um ônibus foi incendiado, enquanto outros foram usados para bloquear as vias.
O Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) conseguiu prender quatro homens e apreender dois adolescentes que atacavam os ônibus com pedras na região.
Transporte público e segurança
De acordo com o Rio Ônibus, o incêndio atingiu um ônibus da linha 921 (Ribeira x Bancários), e outras 19 linhas de transporte público foram afetadas. Em 2025, até o momento, 99 ônibus já foram sequestrados, e três incendiados, gerando mais uma vez o alerta para a situação de insegurança no Rio.
A segurança pública foi novamente questionada pelo Sindicato, que solicitou medidas urgentes para garantir o direito da população carioca de viver com segurança e tranquilidade.
Atendimento na região e serviços públicos
Apesar dos distúrbios, os serviços de saúde nas unidades da Ilha do Governador não foram afetados. A Secretaria Municipal de Saúde informou que clínicas da família e centros de saúde mantiveram o atendimento, mas suspenderam atividades externas, como as visitas domiciliares. As escolas municipais, por sua vez, continuaram funcionando normalmente na região.
