Empresário Rafael Renard Gineste, sócio da F2 Holding Investimentos, foi detido na quinta-feira (28) enquanto tentava escapar em uma lancha de luxo ancorada em Bombinhas, Santa Catarina, durante operação da Polícia Federal contra um esquema de adulteração de combustíveis e lavagem de dinheiro envolvendo empresas e fintechs na Faria Lima.
Investigadores mostraram em imagens que Gineste jogou o celular fora antes de ser abordado. Policiais exigiram que ele deitasse na embarcação, localizada a 250 km de sua residência em Curitiba, onde também foram cumpridos mandados de busca. Outras cinco pessoas foram presas em locais diferentes. A defesa do empresário não se manifestou até o momento.
Segundo as investigações, Gineste fazia parte do núcleo financeiro da organização, responsável por movimentar recursos através de empresas de fachada, holdings, postos de combustíveis e fundos de investimento, para dar aparência de legalidade aos valores.
Operações anteriores indicam que ele já havia sido condenado na primeira fase da Operação Publicano, do Ministério Público do Paraná, por corrupção ativa envolvendo auditores fiscais da Receita do Pará. Na ocasião, a pena foi de quatro anos e oito meses de prisão.
A Justiça determinou a prisão de 14 envolvidos nas fraudes, que movimentaram R$ 23 bilhões no setor de combustíveis. Entre os acusados estão Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Loco, e Mohamad Hussein Mourad, o Primo, apontados como donos do antigo grupo Aster/Copape. Ambos ainda não foram localizados para comentar o caso.
