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PORTO MURTINHO

Proprietária é investigada por queimada ilegal em fazenda de MS

Fogo atingiu mais de 35 mil hectares sem autorização ambiental; promotoria apura responsabilidades

15 setembro 2025 - 09h50Da Redação
Área destruída pelo fogo em fazenda de Porto Murtinho foi identificada por imagens de satélite do Imasul
Área destruída pelo fogo em fazenda de Porto Murtinho foi identificada por imagens de satélite do Imasul - (Foto: Divulgação)

Uma área de mais de 35 mil hectares foi queimada de forma irregular em uma fazenda localizada no município de Porto Murtinho, a 450 km de Campo Grande. O caso levou o Ministério Público Estadual (MPMS) a abrir um inquérito civil para apurar a responsabilidade pelo incêndio, que ocorreu sem autorização dos órgãos ambientais.

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De acordo com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), a queimada foi detectada por imagens de satélite e analisada por meio de geoprocessamento durante a Operação Focus 2024. A fiscalização em campo foi realizada no dia 14 de agosto deste ano.

O laudo técnico aponta que o fogo começou no dia 20 de maio de 2024 e se espalhou por uma área equivalente a mais de 60 vezes o tamanho do Parque das Nações Indígenas, em Campo Grande. A propriedade afetada possui registro de 560 hectares no Cadastro Ambiental Rural (CAR), mas a área queimada ultrapassou em muito essa metragem.

A promotora de Justiça substituta Laura Alves Lagrota explicou que o objetivo da investigação é reunir provas que possam embasar medidas legais, como uma Ação Civil Pública ou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Estamos apurando os fatos com base em documentos, depoimentos e perícias”, afirmou.

A proprietária da fazenda foi notificada e tem o prazo de 10 dias úteis para apresentar defesa, além de documentos como matrícula do imóvel, registro no CAR e eventuais planos de recuperação ambiental. Também foi aplicada uma multa no valor de R$ 36 mil, com base no artigo 58 do Decreto Federal nº 6.514/2008, que proíbe o uso de fogo sem autorização ambiental.

O Ministério Público ainda solicitou que o Imasul vincule a investigação ao cadastro ambiental da propriedade, além de exigir informações sobre possíveis atividades agrícolas ou pecuárias que necessitem de licenciamento ambiental.

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