O Ministro do Supremo Tribunal Federal Nunes Marques rejeitou o pedido da Defensoria Pública da União de transferir Adélio Bispo de Oliveira para um hospital psiquiátrico. Adélio é o autor do atentado a faca contra o presidente Jair Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, em Minas Gerais e está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande.
No ano passado, a Justiça de Minas Gerais concluiu que Adélio sofre de Transtorno Delirante Persistente e que, por isso, não podia ser punido criminalmente pelo atentado.
Segundo a Defensoria Pública da União, Adélio sofre perseguição, constrangimento e agressões verbais de agentes penitenciários, por isso, como forma de garantir sua integridade física e mental, o órgão pediu sua transferência para um hospital de custódia e tratamento psiquiátrico de Minas Gerais.
O Habeas Corpus foi ajuizado no Supremo Tribunal Federal e foi relatado pelo ministro Nunes Marques. Em agosto, o STJ determinou que ele continue na penitenciária federal de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
Procuradoria é contra - Com o entendimento da Justiça mineira, os defensores públicos solicitaram a transferência de Adélio para um hospital de custódia e atendimento psiquiátrico, mas, ao analisar o caso, Nunes Marques entendeu que a medida de segurança pode ser cumprida em outros locais, caso não haja vagas no hospital de custódia. A procuradoria Geral da República também foi contra a transferência.
