A Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) deflagrou nesta quarta-feira (18) a “Operação Aurora, por um amanhecer sem feminicídio”, em Mato Grosso do Sul. A ação tem como objetivo combater a violência doméstica e proteger as vítimas, com o cumprimento de mandados de prisão, buscas e apreensão, além da instalação de tornozeleiras eletrônicas em agressores.
Desde as primeiras horas da manhã, equipes da Polícia Civil estão nas ruas para capturar autores de violência doméstica. Embora o número exato de mandados não tenha sido divulgado até o momento, a expectativa é que a operação cubra diferentes municípios do estado, incluindo Campo Grande, onde o índice de feminicídios é alarmante.
A delegada titular da Deam, Elaine Benicasa, informou que o balanço parcial da operação será apresentado em uma coletiva de imprensa às 10h. O evento contará também com a presença do delegado-geral da Polícia Civil, Lupérsio Degerone Lucio.
O aumento dos feminicídios preocupa - De acordo com dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 2024 já registra 31 casos de feminicídio em Mato Grosso do Sul, superando o total de 2023, quando 30 mulheres foram assassinadas por seus parceiros ou ex-companheiros. Somente na capital, Campo Grande, foram registrados nove casos neste ano. Desde 2020, 175 mulheres perderam a vida devido à violência de gênero no estado.
Esses números refletem a gravidade da situação e a necessidade de ações mais incisivas para proteger as mulheres. Em agosto deste ano, a Deam já havia promovido a operação “Mulheres em foco”, que resultou na prisão de 12 homens com mandados em aberto relacionados à violência doméstica.
Equipes da Deam reunidas na manhã de hoje antes de sair para cumprir mandados (Foto: Divulgação/Deam)
Além de prisões, a Operação Aurora busca impor medidas preventivas, como a colocação de tornozeleiras eletrônicas em agressores reincidentes, para monitorar seus movimentos e garantir a segurança das vítimas.
A Deam reforça a importância de denunciar casos de violência doméstica, seja pelas vítimas ou por pessoas próximas. As denúncias podem ser feitas de forma anônima, garantindo que mais mulheres sejam protegidas e que os responsáveis sejam punidos.
