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17 de novembro de 2025 - 14h11
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DOURADOS

Polícia confirma que parte do grupo tentou esconder corpo e limpar casa após morte de padre

O religioso foi encontrado morto no domingo (16), enrolado em um tapete e deixado em uma área do Distrito Industrial, em Dourados, a 250 km de Campo Grande

17 novembro 2025 - 12h00Carlos Guilherme
Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, era pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Douradina (MS)
Alexsandro da Silva Lima, de 44 anos, era pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Douradina (MS) - Foto: @psteresinhadourados via Instagram

Policiais revelaram nesta segunda-feira (17) que parte dos envolvidos na morte do padre Alexsandro da Silva Lima atuou diretamente na tentativa de ocultar o crime. Segundo a investigação, além dos autores do assassinato, outros suspeitos participaram do transporte do corpo, da limpeza da casa da vítima e do furto de objetos da residência.

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O religioso foi encontrado morto no domingo (16), enrolado em um tapete e deixado em uma área do Distrito Industrial, em Dourados, a 250 km de Campo Grande. O crime chocou a comunidade local e mobilizou a polícia desde o desaparecimento do padre, informado no sábado (15), após ele faltar a compromissos da paróquia.

De acordo com os delegados Adilson Stiguivitis (delegado regional) e Lucas Albe (SIG), os envolvidos no pós-crime tentaram limpar a cena e retirar qualquer evidência da casa onde o padre foi atacado. A perícia confirmou a presença de sangue e sinais de desorganização, reforçando que o local foi adulterado.

Além disso, os objetos furtados da residência foram encontrados com os suspeitos. “Essas pessoas limparam a casa, carregaram o corpo no carro e o abandonaram em outra região. A ação foi pensada para atrapalhar as investigações”, explicou Albe.

Prisões e desdobramentos - O carro do padre foi avistado durante as buscas, circulando com quatro jovens. A abordagem policial levou à confissão imediata do autor, que admitiu o assassinato e o roubo do veículo. Dois suspeitos, sendo um adulto e um adolescente, foram apontados como autores diretos do crime.

Outros três, um adulto e duas adolescentes, estão sendo investigados por envolvimento após o assassinato, pelos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual. Na audiência de custódia, apenas dois tiveram prisão preventiva decretada; os demais responderão em liberdade.

A investigação teve início após um alerta da paróquia sobre o sumiço do padre. Um celular atendido por outra pessoa e encontrado em um matagal chamou atenção. Com apoio do núcleo de inteligência, os policiais localizaram o aparelho e iniciaram as diligências na região indicada.

A prisão dos suspeitos e a localização do corpo ocorreram menos de 48 horas após o desaparecimento, com os investigadores conectando pistas deixadas no cenário e o comportamento suspeito do grupo, que foi visto com o veículo da vítima ainda no sábado.

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