
Entre 1º e 30 de novembro, equipes da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul cumpriram 52 mandados de prisão criminal em várias cidades do estado. As ações envolveram trabalho conjunto dos departamentos de polícia da Capital (DPC), do Interior (DPI) e das unidades especializadas (DPE), com suporte de dados e análises que facilitaram a identificação e localização de suspeitos.
A partir de cruzamentos de informações realizados com apoio do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), um centro técnico ligado ao Ministério da Justiça, a polícia obteve provas e dados que contribuíram para os pedidos das prisões, incluindo a documentação necessária para expedição dos mandados.
Onde ocorreram as prisões - A maior concentração de prisões foi na Região Metropolitana de Campo Grande, onde foram cumpridos 19 mandados. Desses, 14 ocorreram na Capital. As demais cidades com prisões foram Bandeirantes (2), Sidrolândia (1), Ribas do Rio Pardo (1) e Jaraguari (1).
No interior do estado, outras 33 pessoas foram detidas em cumprimento de mandados nas seguintes cidades: Nova Andradina, Corumbá, Naviraí, Fátima do Sul, Coxim, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Aquidauana, Paranaíba, Jardim e Bataguassu.
Segundo o delegado Devair Aparecido Francisco, diretor do Departamento de Inteligência Policial da PCMS, a etapa de operações concentrouse em mandados ligados a crimes contra a vida. De acordo com ele, a incorporação de sistemas de análise de inteligência pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública ajudou a Polícia Civil a agilizar o esclarecimento de crimes e o cumprimento das ordens judiciais.
"Operações semelhantes estão em curso neste mês de dezembro e seguirão ao longo de 2026, com foco contínuo no uso de tecnologia e inteligência policial para combater a criminalidade", diz.
O Ciberlab, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, apoia as polícias civis de todo o país com suporte técnico em casos que envolvem provas digitais, identificação de suspeitos e elementos que embasam mandados de prisão e de busca. O laboratório atua de forma indireta, fornecendo dados consolidados que ajudam a embasar as ações das forças de segurança estaduais.
Um exemplo recente de colaboração entre a PCMS e o Ciberlab ocorreu em fevereiro de 2024, na chamada Operação Verbum Clavis. Na ocasião, agentes cumpriram mandados de busca e prisão em São Paulo e Curitiba ligados a uma associação criminosa que causou prejuízo milionário em criptoativos de vítimas de um golpe aplicado por suspeitos de Campo Grande. Nessa investigação, o rastreamento de ativos digitais e informações de acesso às contas foi possível graças ao apoio do Núcleo de Operações com Criptoativos do Ciberlab.

