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GOLPE DIGITAL

Polícia Civil desmonta esquema bilionário de falso investimento com base em Dourados

Operação EBDOX cumpriu mandados em seis estados; vítimas relatam prejuízos de até R$ 220 mil após promessas de lucros fáceis

3 setembro 2025 - 08h10Redação
Com a operação deflagrada hoje, além das prisões e buscas, a Justiça autorizou também medidas de sequestro de valores ligados à quadrilha
Com a operação deflagrada hoje, além das prisões e buscas, a Justiça autorizou também medidas de sequestro de valores ligados à quadrilha - (Foto: Divulgação)
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A Polícia Civil deflagrou nesta quarta-feira (3) a Operação “EBDOX”, que desmontou uma organização criminosa especializada em fraudes por meio de falsas plataformas de investimento. A investigação teve coordenação do Distrito Federal e contou com apoio de policiais de diversos estados, incluindo agentes do SIG/NRI de Dourados, que teve participação direta no cumprimento de mandados.

Canal WhatsApp

O grupo atuava atraindo vítimas para grupos de WhatsApp, onde um dos criminosos se apresentava como especialista em economia e indicava a plataforma “EBDOX”, que prometia retornos elevados. Quando as pessoas tentavam sacar os lucros, eram informadas de um falso bloqueio pela Polícia Federal e convencidas a pagar uma “caução” de 5% para liberar os valores. Após o pagamento, a plataforma desaparecia do ar.

Em um dos casos, uma moradora de Taguatinga (DF) perdeu mais de R$ 220 mil. Mais de 400 denúncias já foram registradas contra a falsa empresa em sites especializados em reclamações.

A operação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária em cidades como São Paulo, Guarujá, Boa Vista, Curitiba, Entrerios (BA) e Dourados (MS), onde parte da estrutura do esquema foi identificada.

Segundo as investigações, o golpe era liderado por pessoas de origem chinesa residentes no centro de São Paulo. Eles recrutavam brasileiros para aplicar as fraudes, fornecendo manuais com orientações em chinês. Os operadores eram remunerados com criptomoedas.

A movimentação financeira do esquema chama atenção. Apenas uma das empresas envolvidas registrou faturamento superior a R$ 1 bilhão em 2024. O grupo utilizava diversos mecanismos para lavar o dinheiro obtido, incluindo compra de ativos digitais, comércio de créditos de carbono e até exportações de alimentos de Roraima para a Venezuela.

Além das prisões e buscas, a Justiça autorizou o sequestro de valores ligados aos investigados. A Polícia Civil segue com as investigações para identificar outras vítimas e rastrear os caminhos do dinheiro.

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