
A Polícia Civil de Cassilândia prendeu dois homens na manhã desta quarta-feira (23) por envolvimento com o comércio clandestino e armazenamento irregular de combustíveis. A ação foi realizada pela Delegacia local, com apoio do Setor de Investigações Gerais (SIG), durante o cumprimento de um mandado de prisão no bairro Estrela do Vale. Durante a operação, um dos suspeitos foi flagrado vendendo etanol de maneira ilegal a um comprador. Ambos foram detidos em flagrante.

No local, os policiais encontraram mais de 6.000 litros de combustível armazenados de forma totalmente irregular, em condições inadequadas para a preservação e segurança. Os combustíveis estavam acondicionados em galões plásticos, tambores e dois reservatórios industriais (IBC), sem qualquer tipo de autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e sem as devidas condições técnicas para o armazenamento seguro.
Além dos combustíveis, foram apreendidas bombas de sucção e um dispositivo artesanal conhecido como “chupa cabra”, utilizado para subtração clandestina de combustível de caminhões-tanque. O material apreendido revela a sofisticação e continuidade da prática criminosa dos envolvidos.
A Delegada de Polícia, Eva Maira Cogo, responsável pela operação, ressaltou os graves riscos à segurança pública e ao meio ambiente causados pela conduta dos investigados. Ela destacou que o armazenamento dos combustíveis em área residencial representa um risco significativo de explosão ou incêndio. “O volume de combustível armazenado em um ambiente inadequado coloca em risco a vida e a segurança da comunidade”, afirmou a delegada.
O responsável pelo comércio ilegal e armazenamento de combustível foi autuado pelos crimes previstos na Lei nº 8.176/91 (crime contra a ordem econômica) e na Lei nº 9.605/98 (crime ambiental). Já o comprador do etanol foi autuado apenas pelo crime ambiental, por estar adquirindo o combustível de forma irregular.
Dada a expressiva quantidade de combustível apreendida e o risco representado à ordem pública, a Autoridade Policial representou pela prisão preventiva do responsável pelo armazenamento ilegal. O investigado já havia sido alvo de investigações anteriores relacionadas a crimes semelhantes.
