A atuação da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul foi ampliada com foco na produção de provas técnicas, na modernização dos serviços e no atendimento direto à população, com presença em locais de crime, rodovias, comunidades, escolas e laboratórios, mantendo papel estratégico no sistema de justiça e nas políticas públicas voltadas à cidadania.
Em todo o território estadual, foram realizados 95.274 exames periciais, abrangendo áreas como Criminalística, Medicina Legal, Análises Laboratoriais Forenses e Identificação Civil, com equipes distribuídas entre a capital e o interior, acompanhando o aumento da demanda por perícias e a ampliação da capacidade operacional da instituição.
Na identificação civil, a emissão da Carteira de Identidade Nacional teve impacto direto no atendimento à população, com 326.572 documentos expedidos em um único ano, número que se soma às emissões iniciadas em janeiro de 2024, quando começou a implantação do novo RG, totalizando 592.950 identidades, o equivalente a cerca de 20% da população do Estado.
A expansão dos serviços ocorreu paralelamente ao aumento dos investimentos públicos. Em 2024, a Polícia Científica recebeu R$ 5.856.792,25 em recursos, enquanto em 2025 o valor aplicado chegou a R$ 14.034.316,97, destinados ao custeio das atividades, modernização tecnológica e fortalecimento da estrutura administrativa, além de outros R$ 13.116.740,00 voltados especificamente à ampliação do serviço de emissão do novo documento de identidade.
Segundo o coordenador-geral de Perícias, José de Anchiêta Souza Silva, as decisões administrativas são baseadas em diagnósticos técnicos contínuos. “Atuamos com planejamento e responsabilidade para demonstrar, de forma técnica, a necessidade de fortalecimento da Polícia Científica. Esse diagnóstico é permanente e orienta as decisões administrativas”, afirmou.
Entre os investimentos realizados, estão dois scanners tridimensionais, adquiridos por R$ 618 mil, utilizados na análise de cenas de crime e acidentes, permitindo registros detalhados dos ambientes e redução do tempo de atuação das equipes, além do microscópio de comparação balística VisionX, adquirido por R$ 1.725.000,00, voltado à microcomparação de projéteis e estojos de munição.
Na balística forense, Mato Grosso do Sul registrou 1.912 inserções no Banco Nacional de Perfis Balísticos, com 108 conexões identificadas, possibilitando o cruzamento de informações entre ocorrências distintas, inclusive em nível nacional. Já na genética forense, foram emitidos 1.100 laudos de DNA e inseridos mais de 5,4 mil perfis genéticos na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, com exames realizados pelo Instituto de Análises Laboratoriais Forenses, seguindo protocolos técnicos e controle de qualidade.
A Polícia Científica também participou de campanhas nacionais voltadas à busca por pessoas desaparecidas, com coleta de material genético, além de ações educativas em escolas e universidades, por meio de palestras, visitas técnicas e atividades de orientação sobre ciência forense e preservação de vestígios.
No campo estrutural, foi autorizada a construção do Centro de Estudos e Pesquisas da Polícia Científica, o CEPPCi, com investimento previsto de R$ 12,8 milhões, voltado à pesquisa aplicada, inovação e capacitação técnica, reunindo laboratórios e espaços de formação em um único complexo.
