Afastado após decisão do governador Reinaldo Azambuja, o policial militar acusado de agredir uma mulher dentro do quartel em Bonito, no dia 26 de setembro deste ano, foi transferido para a Capital, por "inconveniência da permanência" do tenente no comando do 3º Pelotão de Bodoquena, a 266 km de Campo Grande e publicada nesta terça-feira (24) no DOE (Diário Oficial do Estado).
O PM também foi dispensado da função de confiança que exercia como comandante da unidade. Ele deixa o trabalho de rua e assume responsabilidades adminstrativas.
No documento assinado por Azambuja, o governador explica que “ainda que tenha havido ocorrência de desacato e agressões aos policiais, são inadmissíveis a violência extrema e a conduta empregada na ação policial nestes casos, que já estão sob rigorosa investigação, em Inquérito Policial Militar – IPM”.
Entenda – O portal A Crítica noticiou no último dia 23, que o policial militar foi flagrado em vídeo de câmeras de segurança dando socos e chutes em uma mulher, dentro do quartel da Polícia Militar de Bonito. A mulher foi algemada em um restaurante na Vila Donária, em Bonito, no dia 26 de setembro de 2020, mas com as imagens divulgadas só ontem. Após ser colocada na viatura, foi levada ao quartel da PM onde ocorreram as agressões.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelos policiais, a mulher teria ameaçado o dono do estabelecimento. Porém, no mesmo registro consta que a mulher tem uma filha de 3 anos portadora de autismo e estaria reivindicando ser atendida para levar comida à criança. Foi lavrado que ela teria desacatado os agentes e que estaria embriagada, porém, nas imagens as agressões partem do policial.
No vídeo, o policial militar a empurra contra a parede fazendo com que ela bata as costas. A mulher tentou se defender, porém foi agredida com tapas e chutes desferidos pelo policial, que parou a agressão após uma policial mulher o impedir.
Após a agressão, a polícia registrou em boletim que ela teria sido presa por ameaça, dano, desacato e embriaguez.