
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (11) a Operação Cátedra, com o objetivo de aprofundar as investigações sobre suspeitas de fraudes em licitações no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). A ação, realizada em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU), mira contratos de compra de alimentos assinados entre os anos de 2021 e 2025, que somam mais de R$ 22 milhões.
Os investigadores apontam que um funcionário da empresa contratada teria feito repasses indevidos a servidores federais envolvidos na execução dos contratos, o que reforça as suspeitas de corrupção. Também foram identificadas irregularidades em documentos e vínculos entre empresas que participaram dos processos licitatórios, contrariando o princípio da competitividade exigido por lei.
Mandados e crimes investigados - Com autorização da 13.ª Vara da Justiça Federal de Pernambuco, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em 12 endereços nos municípios de Abreu e Lima, Barreiros, Bezerros, Escada, Paulista, Recife, São Lourenço da Mata e Vitória de Santo Antão.
Entre os crimes investigados estão frustração ao caráter competitivo da licitação, fraude ao processo licitatório, corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O nome da operação, "Cátedra", faz referência ao termo latino cathedra, que significa "cadeira" ou "assento do professor", simbolizando o ambiente acadêmico onde os crimes teriam ocorrido.
Procurado, o Instituto Federal de Pernambuco informou que já tomou conhecimento da operação e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. Em nota oficial, a instituição reafirmou seu compromisso com a ética e a correta aplicação dos recursos públicos.
“O IFPE ratifica seu compromisso permanente com a transparência, a ética e a correta aplicação dos recursos públicos. Nesse sentido, a instituição já se colocou à disposição dos órgãos competentes para fornecer todas as informações e documentos que se fizerem necessários para a investigação em curso”, declarou o instituto.
A investigação segue em andamento, e, até o momento, não foram divulgados os nomes dos investigados nem se houve prisões no cumprimento dos mandados.

