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SEGURANÇA

PF faz operação contra esquema bilionário de lavagem de dinheiro com criptomoedas

Organização criminosa movimentou R$ 50 bilhões entre 2020 e 2024; operação é desdobramento da Colossus

4 setembro 2025 - 14h25José Maria Tomazela
Polícia Federal apreendeu dinheiro, veículos de luxo e chaves de criptoativos durante a Operação Sibila
Polícia Federal apreendeu dinheiro, veículos de luxo e chaves de criptoativos durante a Operação Sibila - Foto: Divulgação/Polícia Federal
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A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (4) a Operação Sibila, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro por meio de criptoativos. A rede, segundo as investigações, teria movimentado mais de R$ 50 bilhões em transações suspeitas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2024.

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A ação é um desdobramento da Operação Colossus, deflagrada em janeiro deste ano, que revelou um esquema bilionário de evasão de divisas e ocultação de patrimônio por meio de empresas de fachada e uso de “laranjas”.

Mandados e alvos

Na capital paulista, os agentes da PF cumprem cinco mandados de prisão temporária e dez mandados judiciais de busca e apreensão, sequestro de valores e bloqueio de bens. As ordens foram expedidas pela Justiça Federal de São Paulo.

Segundo balanço parcial da corporação, até às 8h da manhã, três pessoas haviam sido presas. Um dos mandados envolve um investigado que já está preso, e o quinto suspeito se encontra em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A PF não divulgou os nomes dos alvos, e o espaço segue aberto para manifestação das defesas.

Apreensões

Durante o cumprimento dos mandados, os agentes apreenderam:

Cerca de R$ 700 mil em cédulas de dólar americano;

Dois veículos blindados, modelos Land Rover e BMW;

Celulares e pen drives;

Chaves de acesso a carteiras digitais de criptoativos.

Esses materiais serão agora analisados para aprofundar a investigação e rastrear os fluxos financeiros ilícitos utilizados pelo grupo.

Esquema sofisticado

De acordo com a PF, a organização criminosa se valia de um complexo esquema financeiro, envolvendo:

Empresas de fachada com movimentação atípica;

Uso de pessoas físicas como intermediários (laranjas);

Transações em criptomoedas para dificultar o rastreamento;

Evasão de divisas por meio de transferências internacionais não declaradas.

A Operação Sibila busca justamente identificar os beneficiários finais desses recursos, desmontar a estrutura de lavagem de dinheiro e responsabilizar os envolvidos.

A PF destacou que as investigações continuarão nos próximos meses, podendo haver novas fases da operação e cooperação internacional, especialmente em relação ao suspeito foragido em Dubai.

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