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INTERNACIONAL

Pesquisa da Atlas para segundo turno na Argentina indica Milei com 52% e Sergio Massa com 48%

Margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, o que indica possibilidade de empate apesar da vantagem numérica

4 novembro 2023 - 15h45
Javier Milei, candidato presidencial da coalizão La Libertad Avanza, cumprimenta apoiadores do lado de fora de sua sede de campanha após o fechamento das urnas para as eleições gerais em Buenos Aires, Argentina, domingo, 22 de outubro de 2023.
Javier Milei, candidato presidencial da coalizão La Libertad Avanza, cumprimenta apoiadores do lado de fora de sua sede de campanha após o fechamento das urnas para as eleições gerais em Buenos Aires, Argentina, domingo, 22 de outubro de 2023. - (Foto: Natacha Pisarenko / AP)
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Uma pesquisa da Atlas Intel divulgada nesta sexta-feira, 4, indica que Javier Milei, candidato da coalizão La Libertad Avanza, teria 52% dos votos válidos contra 48% do ministro da Economia, Sergio Massa. A disputa de segundo turno entre o libertário e o peronista está marcada para 19 de novembro. No primeiro turno, o instituto brasileiro acertou a vitória de Massa contra Milei. Levados em conta os votos brancos, nulos e indecisos, Milei tem 48,5% e Massa, 44,7%.

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O cenário político do segundo turno é volátil. A inflação atual do país é de 138%, com tendência a aumentar até o final deste ano. E além disso, a falta de combustíveis e a incerteza política têm gerado um grande constrangimento social ao redor do país. A baixa taxa de aprovação do governo peronista, do qual Massa fez parte nos últimos anos, coloca contra a parede a fórmula governista diante de um candidato considerado como "outsider" que planeja mudar estruturalmente a nação.

No entanto, Massa, que ficou em primeiro lugar no segundo turno de 22 de outubro, terá de lidar agora com dois grandes desafios: manter o voto sólido da sua base peronista e convencer tanto à direita moderada quanto aos indecisos de que seu plano de governo é mais viável que o do seu oponente, que passou a unir forças com a base eleitoral de Patricia Bullrich depois da última votação.

No mês anterior, Bullrich recebeu 24% dos votos válidos - uma parcela significativa votos que podem mudar os rumos do pleito em uma eleição polarizada. Na Argentina, no entanto, o voto não é obrigatório e parte do eleitorado dela pode se abster.

Em um tom severo e com um discurso antissistema, Milei ganha apoio popular com promessas que vão desde o corte dos gastos estatais e dolarização da economia até propostas mais radicais, como o fechamento do banco central da Argentina.

A análise da Atlas Intel tem como base a opinião de 3.218 participantes, questionados entre o 1 e 3 de novembro por meio de recrutamento digital aleatório. Os participantes são das regiões da Grande Buenos Aires (23,7%), Centro 20,5%; Norte Grande Argentino 19,8%; Buenos Aires Interior 13,9%; Nuevo Cuyo 8,2%; Patagônia 7,2%; e Ciudad Autónoma de Buenos Aires 6,7%.

Foto fornecida pelo Senado da Argentina mostrando o líder da força política La Libertad Avanza, Javier Milei. Em uma sessão presidida pela vice-presidente, Cristina Fernández, a Assembleia Legislativa da Argentina aprovou na quinta-feira por unanimidadeFoto fornecida pelo Senado da Argentina mostrando o líder da força política La Libertad Avanza, Javier Milei. Em uma sessão presidida pela vice-presidente, Cristina Fernández, a Assembleia Legislativa da Argentina aprovou na quinta-feira por unanimidade as duas fórmulas que disputarão o segundo turno das eleições presidenciais de 19 de novembro. - (Foto: EFE/Senado Argentina)

Apoiadores de Javier Milei em Buenos Aires, Argentina, 29 de outubro de 2023.  Apoiadores de Javier Milei em Buenos Aires, Argentina, 29 de outubro de 2023. - (Foto: Rodrigo Abd / AP)

Para 78% dos entrevistados, os preços altos e a inflação foram considerados como os principais problemas da Argentina.

Um dos questionamentos realizados pela Atlas Intel aos participantes da pesquisa foi em relação a qual dos candidatos eles mais confiam para enfrentar os diferentes desafios que o país enfrenta. Javier Milei venceu em quase todas as categorias apresentadas, exceto em duas: "defender as instituições democráticas" e "defender os direitos humanos". Nestas, Sergio Massa lidera.

O medo da dor futura é o grande argumento eleitoral recíproco dessa reta final da eleição na Argentina, mas nenhum dos dois candidatos apresentaram antídotos suficientes para lidar com os causadores dessa sensação

O combate à insegurança, a redução da corrupção, o desenvolvimento da economia e a redução da inflação são os pontos em que Milei foi considerado mais confiável. Na pesquisa, o nível de confiança nos dois candidatos é bastante próximo, mas a margem de diferença se amplia a favor de Milei nas questões de insegurança e corrupção, enquanto o mesmo ocorre com o candidato peronista, mas nas questões de defesa das instituições e dos direitos humanos.

Foto fornecida pelo Senado Argentina mostrando o atual Ministro da Economia e candidato peronista à presidência, Sergio Massa.  Foto fornecida pelo Senado Argentina mostrando o atual Ministro da Economia e candidato peronista à presidência, Sergio Massa. - (Foto: EFE/Senado Argentina)

Apoiadores de Sérgio Massa, 19 de novembro de 2023, em Buenos Aires.  Apoiadores de Sérgio Massa, 19 de novembro de 2023, em Buenos Aires. - (Foto: Mario De Fina / AP)

Em relação à imagem que se tem de ambos candidatos, Javier Milei e Sergio Massa empatam na pesquisa, com 41% de imagem positiva. Contudo, a imagem negativa do Ministro da Economia é de 52%, enquanto Milei tem 49%.

Nos próximos dias, a disputa eleitoral deve ficar mais apertada na Argentina, e o vencedor, que deve assumir a presidência em 10 de dezembro, terá de lidar com a herança da crise dos governos do passado.

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