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FATALIDADE

Ossos e cabelos humanos são encontrados em fezes de onça que teria devorado caseiro em MS

Exames de DNA vão confirmar se restos pertencem a Jorge Ávalo, desaparecido em área rural de Touro Morto

6 maio 2025 - 10h00Carlos Guilherme
Onça-pintada resgatada no Pantanal recebe atendimento especializado no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres
Onça-pintada resgatada no Pantanal recebe atendimento especializado no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres - (Fotos: Saul Schramm)

Restos humanos encontrados nas fezes da onça-pintada reforçam a suspeita de que o animal devorou o caseiro Jorge Ávalo, 60, desaparecido em abril na região rural de Touro Morto, em Aquidauana, a 140 km de Campo Grande. Ossos e cabelos foram identificados no material fecal coletado após a captura do animal, no fim de abril.

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A onça foi levada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande, onde defecou durante o transporte. Técnicos do Cras encontraram o que parecia ser material humano e alertaram a Polícia Civil, que já conduzia investigação sobre o desaparecimento.

“Podemos afirmar, com certa convicção, que o que ocorreu foi um ataque de animal silvestre de grande porte”, disse o delegado Luís Fernando Domingos Mesquita, responsável pelo caso.

Buscas por onça que matou caseiro em Aquidauana duram mais de 15 horas em meio à cheia dos rios Miranda e Aquidauana.Ossos e cabelos humanos são encontrados em fezes de onça que teria devorado o caseiro Jorge Ávalo em MS - (Foto: Reprodução)

O material biológico recolhido nas fezes foi encaminhado ao Instituto de Perícia para análise. Os peritos pretendem comparar os fragmentos com os restos mortais encontrados na mata e com uma amostra de sangue coagulado que havia sido localizada no início das buscas.

A investigação começou no início de abril, quando Jorge Ávalo, conhecido como Jorginho, desapareceu na mata onde trabalhava como caseiro. Inicialmente, apenas sangue coagulado foi encontrado. Dias depois, a polícia localizou partes do corpo e fragmentos mortais, levados para exames no Núcleo Regional de Medicina Legal de Aquidauana. O exame necroscópico confirmou que os restos pertenciam ao caseiro.

A Polícia Civil agora aguarda a conclusão dos exames de DNA para determinar se os ossos e cabelos encontrados nas fezes da onça são compatíveis com os restos de Jorginho. Também está pendente o laudo do local do ataque, que deve esclarecer de forma definitiva a causa da morte.

A onça segue sob observação no Cras. Segundo o delegado, o animal apresenta sinais de gastroenterite, possivelmente provocada pela ingestão de grandes quantidades de carne e restos humanos.

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