
A juíza Tula Correa de Mello, da 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, aceitou nesta terça-feira (29) a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ) contra o rapper Oruam e seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, tornando-os réus por tentativa de homicídio qualificado. A denúncia envolve uma tentativa de matar dois policiais civis durante uma ação no bairro do Joá, na Zona Oeste do Rio.

A decisão da juíza foi tomada após análise do caso, que detalhou as circunstâncias do crime, incluindo as qualificações dos acusados e a tipificação dos delitos cometidos. Além da denúncia por tentativa de homicídio, Oruam e Willyam também são investigados por outros crimes, como resistência, desacato e dano ao patrimônio público.
Tentativa de homicídio e ataques a policiais - O incidente que levou à denúncia aconteceu na noite de 21 de julho, quando policiais civis foram até a casa de Oruam para cumprir um mandado de busca e apreensão. Durante a ação, um grupo de pessoas tentou impedir a operação policial com agressões físicas, ofensas e ameaças de morte.
De acordo com o Ministério Público, Oruam e Willyam arremessaram pedras contra os policiais, algumas pesando até 4,85 kg. O MP-RJ afirmou que, pelas características das pedras e da forma como foram lançadas, as agressões poderiam ter causado lesões fatais.
Os objetos foram jogados de uma altura de 4,5 metros e atingiram dois policiais civis. Um deles foi ferido nas costas e no calcanhar esquerdo. Durante o conflito, o rapper tentou intimidar os policiais ao afirmar que era filho do traficante Marcinho VP.
O rapper, que já estava preso preventivamente em Bangu 3, teve o mandado renovado, enquanto Willyam teve sua prisão decretada pela Justiça. A medida foi tomada para garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal.
O MP também apresentou novas acusações contra Oruam em outra ação, em que ele e outros dois acusados são denunciados por lesão corporal, resistência com violência e dano ao patrimônio público. Essas acusações envolvem o ataque aos policiais durante a abordagem, incluindo o uso de pedras e ameaças.
A defesa de Oruam alega que o rapper não possuía drogas ou produtos ilícitos em sua residência durante as buscas realizadas pela polícia e que a resistência foi causada por abuso de autoridade dos agentes. A Polícia Civil, por sua vez, segue investigando Oruam por tráfico de drogas e associação criminosa.
A ação de 21 de julho já havia gerado repercussão pela violência e pela tentativa de impedir a execução do mandado de busca e apreensão. Agora, com as denúncias formais, o caso segue em investigação e os réus aguardam os desdobramentos legais.
