
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (29) a Operação Anjos do Conesul, com o objetivo de combater o compartilhamento de pornografia infantil pela internet. A ação foi realizada nos municípios de Naviraí e Douradina, no sul de Mato Grosso do Sul, e teve como alvos indivíduos suspeitos de armazenar e distribuir conteúdo com cenas de abuso sexual de crianças e adolescentes.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os agentes da PF localizaram equipamentos eletrônicos utilizados para armazenar e compartilhar material criminoso. Segundo a investigação, um dos envolvidos mantinha contato com pessoas de diversos países e distribuía vídeos e imagens de pornografia infantil por meio de redes sociais e plataformas virtuais.
O nome da operação, “Anjos do Conesul”, faz referência ao trabalho da Polícia Federal na repressão a crimes sexuais contra menores na região sul do estado, também conhecida como Conesul de Mato Grosso do Sul.
Conforme o inquérito conduzido pela PF, o suspeito não apenas consumia o conteúdo ilegal, mas também o disseminava ativamente com outros usuários, inclusive no exterior, o que agrava ainda mais a gravidade dos crimes praticados. A conexão internacional e o uso de redes sociais ampliam o alcance da prática criminosa e representam um desafio adicional para os órgãos de investigação.
O homem investigado responderá, de acordo com a legislação penal federal, por armazenamento e compartilhamento de material pornográfico envolvendo crianças e adolescentes, crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A pena pode ultrapassar 10 anos de prisão, dependendo da quantidade de arquivos e do grau de envolvimento do suspeito.
A operação integra um esforço constante da Polícia Federal no combate à exploração sexual de menores no ambiente virtual, que tem sido uma das frentes mais delicadas e complexas da segurança pública digital. A ação desta terça reforça a vigilância e o compromisso da PF em reprimir redes criminosas que operam, muitas vezes, de forma oculta e transnacional.
A coleta de provas agora será aprofundada por meio da perícia dos dispositivos apreendidos, que poderão conter não apenas conteúdo criminoso, mas também indícios de rede de contatos e outros envolvidos, tanto no Brasil quanto em outros países.
A Polícia Federal não divulgou o nome do investigado nem se houve prisões na fase inicial da operação, respeitando o sigilo necessário para a continuidade das investigações.
A denúncia e combate a esse tipo de crime dependem também da colaboração da sociedade. Casos suspeitos de exploração sexual infantil na internet podem ser denunciados de forma anônima pelo Disque 100 ou por meio da Central de Atendimento da Polícia Federal.
